Câmbio em baixa afeta a indústria nacional

Nas semanas que se seguiram ao fim do câmbio fixo, seis anos atrás, os preços de insumos e matérias-primas importados subiram em torno de 30%, impactando diretamente os custos da produção para os fabricantes de eletroeletrônicos, bens de capital, softwares e autopeças viram, da noite para o dia noite para o dia, levando a indústria a se esforçar para produzir localmente o que antes se comprava do exterior.
O problema, agora, é que o câmbio está "fora do lugar" (valorizado), estimulando a substituição da produção local por importados e propiciando a transferência de produção brasileira para outros países. A afirmação é do diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), professor Antonio Corrêa de Lacerda, da PUC. Lacerda lembra que o câmbio tem sido responsável até pelo fechamento de fábricas, como a da Azaléia (calçados), no Rio Grande do Sul. A empresa vem sendo fortemente afetada pelas importações de calçados produzidos na China e pela queda nas exportações, dois efeitos provocados pelo câmbio.
A exemplo do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, Lacerda acha altamente positivo que o Brasil amplie suas importações, "mas não de qualquer produto". O País precisa, por exemplo, incrementar as compras de matérias-primas que não existem no Brasil e de máquinas e equipamentos não fabricados em solo nacional.
Na avaliação de Lacerda, esse desequilíbrio pode se consertado com uma correção cambial que estimule ao mesmo tempo exportações e importações, permitindo que o País continue a registrar superávits comerciais. Tão importante quanto o câmbio é a concretização da Política Industrial lançada
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