NOTA SOBRE A DECISÃO DO COPOM - CIESP

Boris Tabacof
Diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
O presente de Natal ficou para o próximo ano. A redução de 0,5% da Selic não anima a indústria, ao contrário decepciona. O Copom continua excessivamente conservador, apesar da queda do PIB no terceiro trimestre. Além disso, a estabilidade da produção industrial em outubro serve de alerta para a expansão da economia neste ano, que deverá ficar abaixo das previsões do início de 2005, quando se acreditava em um crescimento de 4,0%.
2005 entrará para a história como o ano das oportunidades perdidas. Se relembrarmos o entusiasmo que havia para a realização de novos investimentos ao final de 2004, o balanço deste ano é de profunda amargura. Por certo, não foi por falta de aviso do setor industrial. Desde o início, o CIESP alertou para o risco da dupla infernal: juros estratosféricos – câmbio valorizado. Enquanto o mundo crescerá, em média, 4,6% em 2005, o Brasil amargará expansão abaixo de 3,0%. Triste destino...
Todavia, levando em conta o comportamento da inflação (IPCA), a acentuada redução do risco Brasil e a trajetória de queda da Selic, conjugada ao comportamento dos juros praticados nos principais mercados internacionais, esperamos que a surpresa agradável ainda neste ano resida na diminuição da TJLP para, no mínimo, 8,25%. A decisão do CMN sairá até o dia 30 de dezembro e esperamos que a posição do BNDES, e a do setor industrial, seja ouvida.
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