Atualidades MG-A

Informativo da Monteiro&Guimarães Associados Soluções Empresariais

quarta-feira, fevereiro 15

Dólar tem menor valor em quase 5 anos


Fonte : Valeparaibano


O dólar desceu ontem a seu mais baixo valor diante do real desde abril de 2001, encerrando as operações a R$ 2,154 (queda de 0,51%). No início dos negócios, a moeda norte-americana chegou a registrar alta, que não se sustentou por muito tempo.

O mercado trabalha com a hipótese de que ainda nesta semana o governo anuncie a aprovação da medida de isenção tributária aos investidores estrangeiros que quiserem aplicar em títulos públicos. Com a medida, uma entrada extra de dólares no mercado de câmbio brasileiro deve ser verificada --o que fortaleceria a tendência de baixa da moeda dos EUA.

No leilão de NTN-B (notas do Tesouro Nacional, que têm índice de preços por referência) realizado ontem a demanda foi bastante expressiva. Operadores de tesourarias bancárias dizem que a procura foi elevada porquê as NTNB-s estão entre os títulos que devem interessar aos estrangeiros após aprovada a isenção tributária.

O governo vendeu cerca de R$ 3,6 bilhões desses títulos no leilão de ontem e conseguiu pagar taxas mais baixas para colocá-los no mercado.

O Banco Central vendeu ontem, como tem feito diariamente, aproximados US$ 213 milhões em "swap cambial reverso" --operação que tem o efeito de compras de dólares no mercado futuro.

BOLSA - A Bovespa acelerou o ritmo de perdas na última hora de pregão e terminou com queda de 2,33%. À falta de relevantes notícias internas, a Bovespa acompanhou o mau dia vivido pelas Bolsas norte-americanas. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu quase 1%. O índice Dow Jones perdeu 0,24%.

RISCO POSITIVO - O risco-país fechou ontem novamente num dos níveis mais baixos da história, em 229 pontos, com queda de 0,43%. "O risco país está caindo muito e o dólar é um reflexo; trata-se de um movimento decorrente dos fundamentos da economia brasileira", diz Zeina Latif, economista do banco ABN-Amro.

O chamado risco-país reflete a percepção de segurança que os investidores externos têm em relação a um país. Esse risco é medido pelo número de pontos percentuais de juros que determinado governo tem de pagar a mais que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. A maior economia do planeta é considerada de risco zero para o investidor.

Na prática, um risco em torno de 200 pontos significa que o governo tem de pagar juros de 2% a mais do que os EUA para conseguir empréstimos no exterior. Quanto menor o risco, mais fácil e barato fica captar dinheiro no mercado internacional. O banco americano JP Morgan é responsável pelo cálculo do risco-país.

Em 2002, com a especulação sobre as eleições, o risco Brasil chegou a atingir o recorde de 2.443 pontos em 27 de setembro. Ou seja, na prática, o mercado parou de emprestar ao Brasil, pois o risco-país nesse nível significa juros elevados de 24,43% acima dos pagos pelos títulos americanos. Com as captações externas inviabilizadas, o dólar chegou a encostar nos R$ 4 naquele ano.

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial