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sexta-feira, maio 5

Redução de gastos na Volks ameaça 681 empregos

Volkswagen demite no Vale do Paraíba

Fonte : Valeparaibano


A Volkswagen anunciou ontem um plano de reestruturação no país que inclui demissão e corte de benefícios de empregados, além de redução de custos nas três fábricas responsáveis pelos modelos comerciais leves --Taubaté, São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PA).

O plano prevê a demissão de 5.701 funcionários nas três plantas industriais até 2008 --sendo 681 somente em Taubaté, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. O número representa 14% do efetivo empregado hoje na unidade do Vale, que é de 5.000 trabalhadores.

Além dos cortes, não estaria descartada a possibilidade de fechamento de uma das unidades instaladas no país.

A Volks também mantém fábricas em Resende (RJ), que monta caminhões e ônibus, e em São Carlos (SP), responsável pela fabricação de motores e câmbios. As duas plantas, no entanto, não devem ser afetadas.

O anúncio da reestruturação foi feito ontem à tarde pela direção da Volks no país, que informou que o plano é mundial e já afetou unidades na Alemanha e na Espanha.

A empresa não estima o total de funcionários que deve dispensar e nega que tenha discutido esse número com os sindicatos. Mas informa que quer adotar medidas para reduzir em 25% os custos com a mão-de-obra na produção.

Segundo o presidente da Volks no Brasil, Hans-Christian Maergner, os números do sindicato são "mera especulação". Entretanto, em nota, o executivo diz que "cortes em produção e de milhares de empregos são inevitáveis".

"Seria irresponsável hoje anunciar qualquer número (de demissões) sem saber qual é a taxa de câmbio (no futuro). Se houver uma resposta do mercado interno boa, talvez eu não tenha que demitir ninguém", disse Maergner.

DÓLAR - Aliado ao aumento dos custos com matéria-prima e mão-de-obra, a valorização do real frente ao dólar é o principal fator para o corte de gastos da empresa. O câmbio desfavorável provocou uma queda 40% nas perspectivas de exportações até 2007.

A Volks, que bateu recorde de vendas ao exterior no ano passado, com 264.603 unidades, trabalhava até o mês passado com a estimativa de exportar 197 mil carros este ano.

A tendência de queda da moeda norte-americana, no entanto, provocou o recuo desta previsão para 175 mil unidades até o fim de 2006, e para 156 mil em 2007.

Desta forma, as fábricas de Taubaté, São Bernardo e São José dos Pinhais irão alcançar uma osciosidade de mão-de-obra de 31% em 2007, considerando a atual capacidade instalada.

"Na verdade isto é um exercício matemático, que nos aponta para o excedente equivalente a uma planta. Mas não há recomendação para o fechamento de alguma unidade (específica)", disse o presidente, que classificou esta possibilidade como "último recurso".

NEGOCIAÇÕES - Segundo o vice-presidente de recursos humanos da Volks, Josef-Fidelis Senn, as negociações com as entidades sindicais começam imediatamente.

Somente na unidade do ABC, onde vigora um acordo de estabilidade até novembro, as possíveis demissões serão postergadas. Entre as possibilidades, segundo ele, estão a redução de benefícios e adoção de um PDV (Plano de Demissões Voluntárias).

Senn afirmou que a redução de salários, apesar de possível, não é a alternativa mais viável no momento.

Em Taubaté, os empregados do primeiro e segundo turnos aprovaram ontem à tarde um plano de negociação com a empresa para tentar evitar as demissões. A prefeitura também planeja procurar a direção da montadora (leia textos nesta página).

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