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quarta-feira, fevereiro 15

Cooperativa de empresas foge da alta


Fonte : Folha de São Paulo

Para escapar das altas taxas de juros cobradas pelos bancos , o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) decidiu investir em cooperativas de crédito para oferecer novas opções de financiamento aos empresários.
Hoje, o Ciesp administra três cooperativas e outras três filiais no Estado. A intenção é crescer em qualquer local que conseguir reunir grupos com no mínimo 30 empresários-cooperados.
"A idéia é crescer em qualquer região que formar esses grupos. Temos em vista a possibilidade de abrir cerca de 30 cooperativas no Estado de São Paulo", afirma Claudio Vaz, presidente do Ciesp, que oferece apoio financeiro e de gestão às suas cooperativas.
Em cada uma das três cooperativas, que começaram a operar há cerca de um ano e meio, o Ciesp investiu R$ 300 mil. Os empresários-fundadores entraram com capital de R$ 5.000 cada um.
"Não temos do que reclamar. O capital social inicial da cooperativa da região do ABCD, de R$ 440 mil, passou para R$ 1,1 milhão", afirma César Garbus, presidente da Sicredi Ciesp ABCD.
Para fazer parte da cooperativa hoje, segundo informa Garbus, o empresário adquire uma cota-capital que varia de acordo com o tamanho da empresa. Se é dono de uma microempresa, o cooperado paga, por exemplo, R$ 2.000.
Esse valor sobe para R$ 6.000 no caso de uma empresa pequena; para R$ 12 mil (média) e para R$ 20 mil (grande). "Esse empresário passa a utilizar a cooperativa como se fosse um banco", afirma.
A idéia do Ciesp de investir em cooperativas de crédito, segundo informa Claudio Miquelim, responsável pela área de crédito do Ciesp, tem entre quatro e cinco anos. Foi o governo Lula que permitiu que os empresários montem suas cooperativas de crédito.
"Os bancos só têm bom discurso. Na prática, criam vários empecilhos para liberar o dinheiro. Muitos empresários ficavam sem alternativa de financiamento."
As taxas de juros pagas pelos empresários-cooperados, segundo informa Garbus, são cerca de 30% menores do que as cobradas pelas instituições financeiras.
Isso porque nas operações de empréstimos realizadas pelas cooperativas de crédito não há incidência de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Nas operações de desconto de duplicata, os empresários pagam 2,7% de juros ao mês, por exemplo, na Sicredi Ciesp. Nos empréstimos para pessoas jurídicas, 4% ao mês e, nos empréstimos para pessoas físicas (cheque empresarial), 4,5% ao mês.
"Esse projeto piloto do Ciesp tem mostrado, pelo seu crescimento tão rápido, que é um bom negócio e tem atendido às expectativas de quem acreditou nele. O dinheiro da Sicredi é aplicado somente em títulos públicos."
A Sicredi já abriu uma filial em Santo André e se prepara para abrir outra em Diadema. Está autorizada a operar em sete municípios da região do ABCD. Só aguarda a formação de grupos.
A criação de cooperativas de empresários, segundo informa Miquelim, tem feito com que alguns bancos reduzam as taxas de juros nas regiões onde elas estão.

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