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terça-feira, janeiro 17

Filippo ataca PSDB e vê avanços em Guará

Com a Palavra, o Prefeito :: Jornal Vale Paraibano :: 17/jan/2006

Em entrevista exclusiva, pefelista diz ter resolvido em 1 ano problemas 'herdados' dos 2 governos de Francisco Carlos
Luciana Mendes
Guaratinguetá

O prefeito de Guaratinguetá, Júnior Filippo (PFL), critica a herança de oito anos de governo do PSDB e afirma ter tirado a cidade da situação de estagnação econômica.

Ao dar 'nota oito' para seu primeiro ano de mandato, Filippo diz ter conseguido resolver em 12 meses problemas que não foram solucionados nos duas gestões do ex-prefeito Francisco Carlos Moreira dos Santos (PSDB), nas áreas de Saúde, Meio Ambiente e Finanças.

Em entrevista exclusiva ao ValeParaibano, Filippo prometeu trabalhar para a expansão industrial e a geração de empregos --suas principais promessas de campanha.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

ValeParaibano - O senhor disse que teve que colocar 'ordem na casa' porque a situação deixada pela administração de Francisco Carlos era péssima. Em que condições o senhor encontrou a prefeitura?

Júnior Filippo - O cenário era muito crítico porque encontrei a prefeitura com uma dívida de R$ 51 milhões referente a encargos trabalhistas, fornecedores e também o elevado índice de custeio da máquina, 95% da receita comprometida com o custeio.

Outro fator foi o sucateamento de toda a frota, de cada 10 veículos, sete estavam sem condições de uso, tivemos que arrumar tudo para começar a trabalhar direito.

O estado dos prédios públicos como o AME (Assistência Médica de Especialidades) estava deplorável. O ginásio de esportes do Pedregulho quase destruído e as quadras de esporte sem qualidade de uso. Para fechar com chave de ouro os servidores públicos estavam sem plano de carreira, com os salários atrasados e super desmotivados.

VP - E o que já foi feito nesse primeiro ano de governo?

Filippo - Estamos reformando duas quadras poliesportivas, o AME e o Pronto Socorro, o prédio do Fundo Social. Recuperamos toda a frota de veículos, oferecemos até agora cursos de capacitação para 1.000 dos 2.100 e continuaremos a treiná-los, os salários estão rigorosamente em dia. Todos os fornecedores estão com os pagamentos em dia. As dívidas antigas foram renegociadas e estamos com todas as parcelas em dia. De um total de R$ 51 milhões, devemos R$ 21 milhões para o INSS e R$ 20 milhões de Fundo de Garantia. Os R$ 10 milhões referente aos fornecedores já pagamos.

VP - No início de seu governo, faltava transporte escolar para crianças de bairros afastados da cidade. De acordo com a prefeitura, a frota estava sucateada e não havia condições de transporte adequado na cidade. O que foi realizado nesta área na sua gestão?

Filippo - Esse foi o nosso primeiro problema. Nós tínhamos uma frota de 10 kombis e quatro vans numa situação de muita deficiência em manutenção. Ao longo desse ano fizemos a compra de 11 kombis e reformamos as 10 que já tinha. Nós transportávamos 900 alunos por dia e hoje, 1.200.

VP - Que nota o senhor daria para a sua administração hoje?

Filippo - Eu daria nota oito porque as metas que traçamos foram todas superadas no ano passado. Agora temos novas metas, que não serão fáceis de serem cumpridas, mas com certeza as atingiremos e poderemos ter uma nota melhor no próximo ano.

VP - Uma de suas principais promessas de campanha era diminuir o desemprego no município. Quantos empregos foram gerados e quais são suas expectativas de novos investimentos na cidade a partir de agora?

Filippo - Nosso balanço mostra a a geração de 5.560 novos postos de trabalho em 2005, com investimentos de R$ 36 milhões no município. A maioria das vagas foi absorvida pelo comércio e por empresas prestadoras de serviço. Esse ano abrigaremos outras três novas empresas que abrirão cerca de 216 empregos diretos e indiretos e investimentos de R$ 6,6 milhões. As vagas foram criadas devido à instalação de três empresas nos últimos 12 meses, o Buriti Shopping Guará, com investimento de R$ 25 milhões e 1.000 empregos diretos e 3.000 indiretos; a empresa CDDL com investimento de R$ 10 milhões e geração de 1.500 postos; e a Unimol com 15 empregos diretos, 45 indiretos e investimento de R$ 1,5 milhão.

A abertura de uma nova loja do Supermercado Máximo, no bairro Campo do Galvão, em dezembro contribuiu para a abertura de 100 novas vagas e investimento de R$ 4 milhões.

O ISS (Imposto Sobre Serviços) do município teve aumento de 25% em 2005, em relação a 2004. Em 2004 foram arrecadados R$ 4 milhões, contra R$ 5 milhões no ano passado, isso é uma grande vitória da nossa gestão.

VP - Como o senhor age para solucionar os problema na saúde pública?

Filippo - Nós avançamos muito na área da saúde, quando entramos não tinha UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal hoje temos seis leitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), não tinha encubadora para o transporte dos recém-nascidos, hoje temos duas. Os exames de laboratório também avançaram, eram feitos apenas 33 tipos de exames com o resultado expedido em três meses e muita das vezes os médicos não aceitavam mais. Hoje é feito na rede particular e, de 33 tipos de exames, saltamos para 88 tipos. O resultado é emitido em no máximo 15 dias. O Pronto Socorro da Santa Casa está sendo reformado, vamos ampliar o número de atendimentos e investir R$ 200 mil em novos equipamentos.

Inauguramos o CEO (Centro de Especialidades Odontológicas) em parceria com o governo federal que dá atendimento gratuíto a população. Estamos dando tratamento especial às gestantes e conseguimos derrubar os índices de mortalidade infantil pela metade em um ano. A mortalidade era de 12,8 para cada 1.000 nascidos, hoje estamos com 6,4 para cada 1.000 nascidos, um índice de países do primeiro mundo. Começamos todo o trabalho com a realização de mutirões de saúde para agilizar o agendamento das consultas e estamos renovando a frota.

O que ainda tem para ser feito é o aumento das equipes de PSF (Programa de Saúde da Família), temos quatro equipes, mas precisamos de, no mínimo, seis equipes.

VP - Um de seus principais problemas era o tempo de vida útil do aterro sanitário. Como esse problema está sendo tratado?

Filippo - Pegamos um aterro com apenas um ano de vida útil, que funcionava irregularmente desde 1971. A administração anterior passou oito anos discutindo o assunto, mas não resolveu o problema. Nós contratamos a empresa de destinação de resíduos em Cachoeira Paulista e vamos pagar R$ 3,2 milhões por ano. Todos os dias são coletadas 60 toneladas de lixo. No local do aterro vamos construir um parque ecológico com um custo de R$ 200 mil, que será inaugurado em junho de 2007.

O aterro, que tem 53 mil metros quadrados, receberá o plantio de várias espécies de árvores, infra-estrutura para aulas de meio ambiente e área de lazer. Também será feito um corte vertical no solo de quatro metros de altura, com parede acrílica, para possibilitar a visão das camadas de lixo do aterro em aulas de meio ambiente.

VP - O assunto que mais polêmico hoje na cidade é a cobrança da taxa do lixo por meio da conta de água. Por que a prefeitura optou por essa medida e qual a arrecadação do município com a cobrança?

Filippo - Porque foi a forma mais fácil de os contribuintes pagarem o valor à vista dividido em 12 vezes. A cobrança na conta de água possibilitou o parcelamento, se fosse no carnê seria pago somente em três vezes. A arrecadação de cerca de R$ 4 milhões por ano será utilizada no custeio do tratamento do lixo e do parque ecológico.

VP - Quais os principais desafios para o seu mandato e quais as principais conquistas?

Filippo - Os desafios foram muitos, o maior foi 'organizar a casa' e dar prioridade a cada secretaria. As conquistas foram melhorar os atendimentos na área de saúde, dar destinação ao lixo, pagar parte da dívida e criar novos empregos.

VP - O senhor disse no início de seu mandato que iria destacar o turismo religioso e ecológico de Guará e para isso as estradas rurais dos bairros Pilões, Rocinha, Gomeral e da região da Mantiqueira seriam recuperadas. O que já foi feito neste sentido?

Filippo - Ainda não fizemos investimentos nesta área, mas é uma de nossas metas para o próximo ano.

VP - A prefeitura aumentou o número de vagas na arquibancada de Carnaval, e deve manter o preço dos ingressos como no ano passado. O que a população poderá esperar na festa deste ano?

Filippo - Uma festa bem organizada com preços populares para que todos fiquem satisfeitos. Nossa meta é fazer do evento uma referência no cenário regional e estadual.

VP- O que está sendo feito para melhorar a infra-estrutura dos bairros?

Filippo - Nossa principal meta é a obra de drenagem de águas pluviais do Jardim do Vale, que sofre com alagamentos. Já foram liberados R$ 2 milhões para essa obra e a iniciaremos esse ano. Os outros bairros estão recebendo manutenção mensal com operações de limpeza, capina e pintura de guias.

VP- Como está sua relação com a Câmara?

Filippo - Uma relação boa e harmoniosa, até mesmo as discussões com a oposição são muito democráticas.

VP - Os moradores da cidade cobram a construção do terminal de integração de ônibus previsto na licitação do transporte público. Mas as empresas entraram na Justiça alegando que o projeto é inviável devido ao seu alto custo, cerca de R$ 3 milhões. Como o senhor pretende resolver essa questão?

Filippo - Estou aguardando a decisão judicial. As empresas fizeram o pedido para o aumento da tarifa para custear novos investimentos no transporte, mas não autorizamos porque a população não pode pagar por um serviço que ainda não foi realizado, e o valor da passagem está congelado. Estamos em negociação e resolveremos isso em breve.

VP - A obra mais esperada na cidade é a construção do anel viário. As obras terão continuidade na sua administração?

Filippo - A obra estava embargada pela Justiça porque os proprietários não foram indenizados na gestão passada. Nós fizemos um acordo com os proprietários e estamos fazendo os pagamentos de indenização do terreno, o problema judicial já foi solucionado. Em fevereiro vamos firmar o convênio de R$ 4 milhões com o governo estadual para iniciar a obra dos acessos à ponte. Os embargos dos órgão ambientais também foram solucionados e a obra, orçada em R$ 7 milhões, será iniciada neste semestre.

VP - Seu pai já foi prefeito de Guará. Como ele o auxilia na sua administração hoje?

Filippo - Sim, ele [Gilberto Filippo] é meu assessor de controle orcamentário e me ajuda muito na minha missão de fazer um bom mandato no Executivo.

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