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sexta-feira, maio 19

Menos indústrias querem elevar investimento

Menos indústrias querem elevar investimento

Fonte : Folha de São Paulo


Num ano em que o governo espera crescimento de mais de 4%, as indústrias se mostram menos dispostas a investir, segundo a sondagem da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Das 1.043 empresas entrevistadas, 55% calculam aumentar investimentos neste ano -em 2005, eram 65%.

Um dos desestímulos, segundo a FGV, é a valorização do real, que retirou a rentabilidade de muitos produtos de exportação. De acordo com a pesquisa, 49% das empresas estimam investir especificamente para aumentar a capacidade de produção em 2006 -o percentual era de 52% em 2005.

O maior entrave identificado pelas indústrias para não investir é a carga tributária, apontada por 34% dos entrevistados. Esse percentual em 2005, porém, havia sido maior: 46%.

As condições de crédito e o custo dos financiamentos, por sua vez, mostram que são empecilhos menos importantes do que em 2005 em razão da queda da taxa de juros, de acordo com a FGV. O percentual de empresas que apontou esses quesitos como limitantes ao investimento baixou de 6% em 2005 para 3% em 2006 nas condições de crédito e de 20% para 16% no custo.

Sob efeito da valorização do real, as empresas apontaram a perda de rentabilidade como causa crescente do desinteresse em investir. Essa limitação havia sido identificada por 13% das empresas em 2005. O percentual subiu para 16% neste ano.

"Os dados mostram que o câmbio é um fator que a indústria julga ser desfavorável", afirmou Aloísio Campelo, coordenador de análises econômicas da FGV.

Ao ser observada a disposição de cada setor em investir, nota-se mais claramente o efeito negativo do câmbio. O percentual de empresas do ramo de vestuário e calçados que previa aumentar investimentos caiu de 50% em 2005 para 20% em 2006. O setor é um dos mais afetados pelo real forte.

Também fortemente voltadas ao mercado externo, as firmas do segmento de papel e celulose indicam que colocarão o pé no freio: o percentual de empresas que previa mais investimentos baixou de 49% em 2005 para 35% em 2006.

Estão na mesma situação as companhias do setor de metalurgia (que inclui as siderúrgicas, também grandes exportadoras). O percentual de empresas que estimavam expandir seus investimentos cedeu de 45% em 2005 para 35% neste ano.

As indústrias ligadas à produção de materiais de construção, por sua vez, têm a expectativa de investir mais neste ano -o percentual das que estimam elevação saltou de 18% em 2005 para 39% em 2006. "Pode ser um efeito do pacote do governo federal para estimular o setor de habitação", avalia Campelo.
Entre outras medidas, o pacote zerou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 13 itens de uma cesta básica da construção civil e reduz para 5% o IPI de outros 28 produtos. Ampliou ainda os recursos destinados ao crédito oficial para aquisição da casa própria.

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