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quinta-feira, dezembro 11

Desembolso do BNDES pode superar R$ 90 bilhões

Vera Saavedra Durão, do Rio
11/12/2008
Fonte: Valoronline

O BNDES desembolsou até novembro R$ 88,5 bilhões para projetos de investimento, valor recorde na história da instituição. Os desembolsos do banco já estão próximos dos R$ 90 bilhões estimados pela direção para este ano e poderão até ultrapassar essa meta. O setor de infra-estrutura puxou os desembolsos no mês passado. Ele deve garantir liberações de R$ 40 bilhões pelo banco. O setor de insumos básicos, incluindo mineração, siderurgia e cimento, também está aquecido e deve encerrar 2008 com desembolso superior a R$ 8 bilhões, mais do que dobrando os R$ 4 bilhões de 2007.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social pretende se consolidar em 2009 como principal financiador dos projetos de infra-estrutura e insumos básicos no país, disse o presidente da instituição, Luciano Coutinho, em palestras a empresários.

Segundo ele, o banco já tem um grande estoque de projetos de infra-estrutura aprovados e contratados para os próximos 12 meses. Só o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem 92 projetos na carteira do banco. As expectativas para a área de insumos básicos, apesar da desaceleração que tomou conta do setor, são superar 2008 em liberações de recursos, levando em conta projetos já aprovados, os que estão em curso de aprovação, e os que vão entrar em carteira.

Até agora, o orçamento previsto para o ano que vem já pulou de R$ 90 bilhões para R$ 100 bilhões. A base de cálculo é o valor de projetos aprovados que terão recursos liberados em 2009. O valor das consultas para o ano próximo já bateu em R$ 120 bilhões, como informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo Silva.

Mas até agora a direção do banco não definiu ainda um número para o orçamento de 2009. Há muita discussão e estudos. A diretoria da instituição tem de submeter sua estimativa de recursos para financiar investimentos no ano que vem ao conselho do banco. A preocupação de Coutinho é ter recursos para cobrir os financiamentos de 2009, pois o BNDES vai continuar tendo de garantir funding para os empreendimentos privados, já que a crise de crédito retraiu a oferta de dinheiro de instituições financeiras no país e no exterior. A estratégia do governo é manter investimentos, principalmente em infra-estrutura para sustentar o crescimento de 4% do PIB em 2009.

No cenário de Coutinho, a infra-estrutura tem condições de fazer avançar o crescimento do país no ano que vem. Os projetos dessa área têm um efeito cascata sobre a indústria da mineração, do aço, do cimento, de máquinas e equipamentos, entre outras. Grande parte dos projetos de infra-estrutura que estão no banco serão tocados de qualquer forma, são os denominados "irreversíveis", pois envolvem setores chaves da economia, como as áreas elétrica e siderúrgica e são obras em andamento.

Só no setor elétrico são 24 hidrelétricas em fase de implantação, todas do PAC, com investimentos totais de R$ 25,9 bilhões, dos quais R$ 17 bilhões financiados pelo BNDES, incluindo as usinas do Madeira, Santo Antonio e Jirau.


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