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quarta-feira, janeiro 18

Webjet é vendida para empresários dos setores de turismo e rodoviário

Sem voar desde novembro, companhia aérea foi criada para atuar no modelo de baixo custo e baixo preço, mas não suportou a concorrência


Os atuais controladores da Webjet, que está sem voar desde novembro do ano passado, desistiram de vez do mercado aéreo brasileiro. A empresa confirmou nesta terça-feira (17/1) sua venda para um grupo de empresários do segmento de transporte e turismo, e por investidores estrangeiros. A transferência de controle já foi apresentada ao Departamento de Aviação Civil (DAC) e aguarda a aprovação.

Os novos donos da Webjet são figuras importantes no setor rodoviário brasileiro. Um deles é Wagner Abrahão, dono do Grupo Águia, que controla diversas empresas, todas do segmento de turismo. Entre elas estão a Pallas, a Synergy e a Stella Barros, cujo nome-fantasia foi adquirido pela Assetur, também pertencente ao grupo.

O outro investidor é o Grupo Jacob Filho, dono de uma das maiores frotas de ônibus do Rio de Janeiro, a Normandy. A Expresso Guanabara e a Util (União Transporte Interestadual de Luxo) também pertencem ao empresário.

Quanto aos investidores estrangeiros que compõem a parceria, nenhum detalhe foi divulgado. A empresa também não informou o valor da transação.

A exemplo da Gol e de companhias estrangeiras como a JetBlue, a Webjet foi fundada para atuar no segmento de aviação de baixo custo. A Webjet não suportou, porém, a concorrência com TAM e Gol e, no final do ano passado, decidiu suspender suas operações. A empresa não tem aeronaves próprias, apenas dívidas. No entanto, segundo um consultor, o passivo não deve ser alto. "Provavelmente os novos donos preferiram assumir a dívida a entrar com toda a papelada no DAC para conseguir uma concessão", diz o especialista.

Essa é a terceira vez que empresários do setor rodoviário brasileiro expandem seus negócios para o setor aéreo. Wagner Canhedo, ex-presidente da Vasp, é também dono da Viplan, uma das maiores frotas de ônibus urbanos de Brasília. O segundo a migrar foram Nenê Constantino e seu filho, Constantino Júnior, do Grupo Áurea e fundadores da Gol. Agora, é a vez de Jacob Barata Filho testar suas habilidades empresariais no setor aéreo.

Por Fabrícia Peixoto e Márcio Juliboni
EXAME

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