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quinta-feira, setembro 4

Microsoft leva Windows a US$ 7 para escola pública

André Borges
04/09/2008
Fonte: Valoronline


Marisa Cauduro/Valor
Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil: projeto Windows Educação foi a saída encontrada pela companhia para levar uma nova oferta às escolas do país
A Microsoft acaba de criar um novo projeto com a meta de levar seus sistemas às escolas públicas de todo o país. A iniciativa, batizada de "Windows Educação", prevê a oferta de uma licença do sistema operacional Windows (versão XP ou Vista) e uma licença do pacote de software Office por US$ 7.

A proposta foi apresentada duas semanas atrás, para representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed). O objetivo da Microsoft é vender licenças dos sistemas para equipar computadores dos laboratórios de informática usados por alunos e professores.


A nova investida da Microsoft no ambiente educacional tem inspiração em outro projeto que, até agora, não deslanchou no país. Em abril do ano passado, durante visita a Pequim, o fundador da Microsoft, Bill Gates, fez o lançamento do "Microsoft Student Innovation Suite", um pacote com Windows e Office oferecido por apenas US$ 3. Era a resposta da companhia para a onda de projetos que começava a se espalhar pelos países em desenvolvimento, a idéia de entregar um laptop por criança, uma saga instigada por Nicholas Negroponte, ex-professor do Massachusetts Institute of Technology (MIT).


Em maio de 2007, Kevin Turner, terceiro homem da Microsoft no mundo, esteve no Brasil para anunciar o pacote de US$ 3, que representava um desconto de 99% em relação ao preço normal dos produtos. O país virou referência no assunto, foram realizadas diversas pesquisas em escolas, palestras, e até licitação para compra dos portáteis - cancelada logo em seguida. Até hoje, nada saiu do papel, embora o governo assegure que a proposta Um Computador por Aluno (UCA) passa por adaptações e que irá para frente ainda neste ano. "Ficamos muito frustrados porque não tínhamos como aplicar o 'Student Innovation Suite' no Brasil", comenta Ana Teresa Ralston, gerente de Programas Educacionais da Microsoft. "Por isso foi criada uma iniciativa local."


O "Windows Educação", comenta Michel Levy, presidente da Microsoft Brasil, foi a saída encontrada pela companhia para levar uma nova oferta às escolas do país. "São propostas diferentes, neste novo programa os sistemas são instalados nas máquinas das escolas, e não em laptops que as crianças levam para casa."


Para além do interesse social e de apoio à educação, a entrada dos sistemas Windows e Office garantem à Microsoft um espaço dentro do processo de aprendizagem de novos usuários. Hoje, boa parte dos alunos da rede pública do país utiliza recursos baseados em sistemas de código-fonte aberto, os chamados softwares livres, como Linux e Open Office.


O lançamento do pacote Windows Educação - que também incluirá mais dois sistemas de uso pedagógico - acontece no instante em que o Ministério da Educação (MEC) se prepara para uma rodada de compras para equipar laboratórios de escolas públicas de todo o país.


Na terça-feira, o MEC realiza um pregão eletrônico para aquisição dos computadores que equiparão os laboratórios de informática de 7 mil escolas. Trata-se do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) voltado para a zona rural. Cada laboratório escolar será equipado com computador central e mais cinco terminais de acesso com monitor, teclado, mouse, fones de ouvido e uma entrada USB, além de um estabilizador e de uma impressora. A empresa selecionada fica responsável pela entrega e instalação dos equipamentos, além do suporte técnico.


Outra compra ainda maior acontecerá em breve. Ainda neste mês, o MEC deve divulgar o edital do Proinfo-Urbano, com a proposta de equipar 22 mil laboratórios escolares. A diferença é que, neste caso, cada escola receberá dez computadores completos, ou seja, serão 220 mil PCs. Todas as máquinas, segundo o MEC, já virão com sistemas Linux instalado, mas isso não impede os Estados de adotarem outros programas, se preferirem.


Segundo Ana Teresa Ralston, da Microsoft, a venda do Windows Educação não ficará restrita à oferta de um computador. Não há vínculo com fabricantes de PCs. A secretaria de educação que tiver interesse poderá adquirir as licenças de forma independente.

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