Atualidades MG-A

Informativo da Monteiro&Guimarães Associados Soluções Empresariais

sexta-feira, novembro 14

Conexão via rede elétrica começa a sair do papel em SP

Gustavo Brigatto, de São Paulo
14/11/2008
Fonte: Valoronline

Com investimento de R$ 20 milhões nos últimos dois anos, a AES Eletropaulo Telecom anunciou ontem sua estrutura para oferta de internet pela rede elétrica, também conhecida como Broadband Powerline (BPL), ou Power Line Communication (PLC). A tecnologia permite que qualquer tomada seja usada como um ponto de acesso à banda larga aproveitando uma estrutura já existente. O sinal é recebido por um equipamento especial que separa o sinal de dados do elétrico.

De acordo com Teresa Vernaglia, diretora-geral da empresa, a intenção não é prestar o serviço de internet, mas alugar a rede para as operadoras. "O modelo de negócio não muda", afirmou. A Eletropaulo Telecom tem uma rede de dois mil quilômetros de fibra ótica na região metropolitana de São Paulo, ofertando rede de acesso às operadoras e prestadoras de serviços de telecomunicações. Teresa afirma que existe bastante interesse dessas companhias em usar a capilaridade da rede elétrica para chegar a seus clientes.

A princípio, a infra-estrutura estará disponível em 300 edifícios, ou 15 mil locais nas regiões de Moema, Pinheiros e Cerqueira César, na capital paulista. A oferta será feita de maneira complementar à rede de fibra ótica da empresa. Equipamentos instalados nos edifícios levarão até 80 Mbps de velocidade de conexão, que serão divididos entre os usuários. "Cada equipamento oferece essa velocidade, mas se percebermos uma necessidade maior, podemos instalar outros e aumentar", disse Teresa. Cento e cinqüenta pessoas estão testando o serviço no momento.

O aumento da escala do BPL depende de sua aceitação pelo mercado, mas também de regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), segundo Teresa.
Os equipamentos que podem ser colocados diretamente nos transformadores de energia, e permitir que até dois prédios sejam atendidos de uma vez, não são homologados pelo órgão regulador.

Em 29 de setembro, a agência encerrou a consulta pública número 38, que regulamenta a oferta de BPL no país. As mais de 445 contribuições recebidas estão sendo avaliadas pela área técnica da Anatel, e a perspectiva é que o material seja encaminhado à procuradoria até o fim do mês.
Diversas companhias do setor elétrico têm realizado testes com a tecnologia BPL nos últimos anos, sem, no entanto, terem chegado a modelos comerciais. A tecnologia é vista como uma das grandes promessas para ampliar o acesso à banda larga no Brasil, mas seu uso não é consenso.

Entre as manifestações enviadas à consulta pública da Anatel, diversas se referem à interferência que ela pode promover em serviços de comunicação, como o radioamador. De acordo com Teresa, em um ano de testes de campo, não foi verificado nenhum relato de interferência no sinal transmitido pela rede elétrica, ou de interferência causada pelo serviço em outros sistemas.

Marcadores:

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial