Consumidor brasileiro ignora situação nos EUA
De São Paulo
05/12/2008
Fonte: Valoronline
No fim da manhã de domingo, a General Motors e seus concessionários ocuparam uma parte do aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, para tentar desovar o seu estoque em um grande um feirão. Somente nesse dia, 10 mil veículos zero-quilômetro e seminovos foram alinhados em longas fileiras.
O casal Irte e Elizabeth Garcia até pensaram em trocar sua picape S-10 ano 2000 por um veículo mais novo. "Nem pensar", concluiu Elizabeth depois de uma volta pelo feirão. A picape vale no mínimo R$ 45 mil. Mas nas atuais condições de falta de crédito ninguém oferece mais do que R$ 20 mil.
O casal deixou o Campo de Marte disposto a permanecer com seu veículo. Trocar de marca também está fora de cogitação. A crise da GM nos Estados Unidos não os preocupa. É também Elizabeth quem responde: "Todas as montadoras americanas estão em crise".
Próximo a eles, Márcio, outro consumidor que diz ter ido ao feirão apenas por curiosidade, não considera a possibilidade de recusar a compra de um carro da GM só por conta da crise na empresa. "Na hora de trocar as peças GM é melhor do que Ford", justifica.
A reação do consumidor brasileiro à possibilidade de a empresa falir não interfere na sua decisão de compra, segundo o especialista em varejo de veículos, Francisco Trivelato. Segundo ele, os produtos continuam sendo produzidos "com qualidade e a empresa tem uma rede de concessionários muito forte". "O consumidor percebe a força da marca pela estrutura da rede e pelo uso do produto", completa.
Seja como for, o desempenho da GM foi pior do que o do mercado geral no Brasil em novembro. As vendas da marca caíram 32% enquanto a venda total de veículos recuou 25,66%. (MO)
Marcadores: COMPORTAMENTO, ECOMONIA
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