Atualidades MG-A

Informativo da Monteiro&Guimarães Associados Soluções Empresariais

quinta-feira, agosto 31

Plano prevê PIB de 6% entre 2008 e 2022

Plano prevê PIB de 6% entre 2008 e 2022
De Brasília


Um plano de longo prazo, com metas de crescimento para um período de 2008 a 2022, investimentos em infra-estrutura, energia, reajustes de salário mínimo e redução na taxa de juros foi apresentado ontem na penúltima reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - a última antes da eleição de outubro. As propostas - elaboradas em conjunto pelos conselheiros e pelo governo - incluem um crescimento de 6% do PIB no período de 2008 a 2022, o que dobraria o PIB per capita no mesmo espaço de tempo. Ao término desses 16 anos, o salário mínimo valeria R$ 872.

Para o ministro da coordenação política, Tarso Genro, as metas estabelecidas no texto são perfeitamente factíveis. "Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), temos uma previsão de crescimento para 5,5% a partir de 2007. Eu penso que a proposta de crescimento de 6% até 2022, não tem nenhuma dificuldade de ser alcançada", declarou Genro.

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter acredita que a sociedade não pode se conformar com um ritmo de crescimento anual abaixo de 5,4% para abranger o crescimento demográfico nacional e assegurar a geração de empregos. "Tem que haver uma inconformidade geral com os atuais níveis de desenvolvimento. Senão, estaremos diante de uma completa irresponsabilidade social da elite brasileira", cobrou.

O estudo apresenta diversas projeções e metas, mas nem todas são a longo prazo. Até 2010, a taxa de juros real prevista é de 3% (ante os 10% atuais), havendo ainda uma redução para 39% na relação dívida/PIB também em 2010 (hoje é de 50,3%). No mesmo dia em que a Receita confirma um aumento na carga tributária para 37,37% do PIB em 2005, o texto propõe uma diminuição para 33% no prazo máximo de cinco anos.

Os gargalos no setor de logística e infra-estrutura também mereceram atenção especial no documento. Para que o país possa de fato crescer e ganhar competitividade, seriam necessários R$ 8,2 bilhões de investimentos/ano em rodovias, ferrovias e portos, mesclando parcerias público-privadas (PPPs) e contratos de concessão. No campo de energia - área na qual o próprio presidente Lula repete que não há riscos de apagão - os conselheiros e o próprio governo estimam que uma revitalização custaria, pelo menos, R$ 36 bilhões/ano.

No setor de infra-estrutura urbana, a intenção é investir R$ 178 bilhões nos próximos 20 anos para universalizar os serviços públicos de saneamento básico. Na educação, os planos são de investir 6% do PIB para "resgatar a dívida social e assegurar o desenvolvimento de uma área estratégica para um novo modelo de desenvolvimento de país". No campo da saúde, pretende-se ampliar, até 2011, os recursos destinados para o Sistema Único de Saúde (SUS), pulando de 3,2% para 4,5% do PIB, até atingir 6% em 2022.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, avisou que o momento do país ficar atrelado apenas à estabilidade econômica passou. "Temos que ter metas de crescimento, olhar para frente. Os demais fatores devem ser apenas pilares. Está na hora de sairmos dos alicerces para que a edificação suba", defendeu Furlan. (PTL)

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial