Estudo revela o mapa da inovação
André Borges, de São Paulo
05/12/2008
Fonte: Valoronline
A inovação tecnológica tem deixado de ser um privilégio dos países ricos para, aos poucos, se espalhar entre nações em desenvolvimento, um grupo de países que, até alguns anos atrás, permanecia sentado no banco de reservas da pequisa mundial. Essa é uma das leituras sugeridas pelo ranking Technology Pioneers 2009, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). O estudo, que chega à sua décima edição, procura mapear empresas de todo o mundo que estejam trabalhando em projetos inovadores nas áreas de biotecnologia e saúde; energia e meio ambiente; e tecnologia da informação. O relatório anual é conduzido com apoio da Accel Partners, BT Innovate, KPMG e Kudelski Group.
Na edição deste ano, o ranking recebeu inscrições de 320 companhias de 15 países. Destas, foram selecionadas 34 empresas (ver quadro), cujas inovações têm potencial para sacudir seu mercado de atuação e a sociedade em geral. A escolha foi feita por 44 especialistas que atuam em fundos de capital de risco e no meio acadêmico.
Os resultados mostram que, apesar da participação de diversos países, a hegemonia das empresas americanas não está tão fragilizada assim. Das 34 companhias listadas, 15 são dos Estados Unidos. Mas também houve espaço para que empresas da Índia e - pela primeira vez - China e África figurassem entre os destaques. "Os americanos, naturalmente, continuam a ser a principal fonte de inovação devido aos investimentos que dedicam ao setor, mas o cenário tende a mudar muito nos próximos anos", disse Rodolfo Lara, diretor do Technology Pioneers, em entrevista ao Valor, por telefone.
O Brasil, segundo o executivo, teve seis candidatas nesta edição da ranking, mas nenhuma empresa foi selecionada. A única companhia da América Latina que figura na lista é a chilena Recycla Chile, da indústria de energia e meio ambiente.
A se julgar pelo baixo número de inscrições brasileiras no ranking do WEF, há uma boa chance de que bons projetos do país tenham ficado de fora simplesmente por desconhecimento de empresários brasileiros sobre o estudo. A inscrição para participar do Technology Pioneers é gratuita e pode ser feita por qualquer companhia. "Sei que o Brasil tem projetos importantes de inovação, o reconhecimento dessas empresas virá, certamente", disse Lara.
O ranking do WEF chega à décima edição com um total de 400 companhias já selecionadas. Em suas primeiras edições, figuraram na lista nomes até então pouco populares, como Google, Infosys, Kaspersky e Mozilla. "Neste ano há projetos extremamente interessantes no ranking, o difícil é saber se teremos novos 'Googles pela frente', isso só o tempo dirá."
Os vencedores do ranking são convidados a participar do encontro do WEF, que acontecerá em janeiro próximo, em Davos, na Suíça. A cerimônia dos "Novos Campeões" será realizada em Dalian, na China, em setembro do ano que vem.
Marcadores: TECNOLOGIA
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