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terça-feira, maio 30

"Cuidado com os burros motivados"/ R. Shinyashiki

A revista Isto é publicou esta excelente entrevista de Camilo Vannuchi. O
entrevistado é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em
administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista
de renome nacional e internacional.

"Cuidado com os burros motivados"


Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização da Aparência e
diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.
"Observador contumaz das manias humanas, Roberto Shinyashiki está cansado
dos jogos de aparência que tomaram conta das corporações e das famílias.
Nas entrevistas de emprego, por exemplo, os candidatos repetem o que
imaginam que deve ser dito. Num teatro constante, são todos
felizes,motivados, corretos, embora muitas vezes pequem na competência.
Dizem-se perfeccionistas: ninguém comete falhas, ninguém erra. Como Álvaro
de Campos (heterônimo de Fernando Pessoa) em Poema em linha reta, o
psiquiatra não compartilha da síndrome de super-heróis. "Nunca conheci quem
tivesse levado porrada na vida (...) Toda a gente que eu conheço e que fala
comigo nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu
enxovalho, nunca foi senão príncipe", dizem os versos que o inspiraram a
escrever "Heróis de verdade" (Editora Gente, 168 págs., R$ 25).
Farto de semideuses, Roberto Shinyashiki faz soar seu alerta por uma mudança
de atitude. "O mundo precisa de pessoas mais simples e verdadeiras". ISTO É
- Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de
sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,
viajar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo.

Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de
funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas
como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria
se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a
casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da moça que trabalha na
minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de pessoas mais simples
e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar
seus projetos de vida, e não para impressionar os outros. São pessoas que
sabem pedir desculpas e admitir que erraram.

ISTO É - O sr. citaria exemplos?
Shinyashiki - Dona Zilda Arns, que não vai a determinados programas de tevê
nem aparece de Cartier, mas está salvando milhões de pessoas. Quando eu
nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu pai, órfão
aos sete anos, empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro miserável
em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida. Eles são meus heróis.
Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão bem. Acho lindo quando
o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100% Jardim Irene". É pena que a
maior parte das pessoas esconda suas raízes. O resultado é um mundo vítima
da depressão, doença que acomete hoje 10% da população americana. Em países
como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio.
Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está na depressão das
aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido,mantém o
casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que não o faz se
sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.

ISTO É - Qual o resultado disso?
Shinyashiki - Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única
coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a
desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a
infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão
discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.


ISTO É - Por quê?
Shinyashiki - O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar
pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing
pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas
as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia
demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como
falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até
porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações
públicas. Contratei-a na hora. Num processo clássico de seleção, ela não
passaria da primeira etapa.

ISTO É - Há um script estabelecido?
Shinyashiki - Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente de
multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?" Todos respondem
que o defeito é não pensar na vida pessoal: Eu mergulho de cabeça na
empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o Chefe quer
escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser desorganizado ou
esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma,
na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O
vice-presidente de uma das maiores empresas do planeta me disse: "Sabe,
Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa que
quem fala a verdade não chega a diretor?

ISTO É - Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki - Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se
preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o
maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há
muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função
para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um
paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer Que
isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um
caso para o qual eu não estava preparado. Hoje, o garoto sai da faculdade
achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O Brasil se tornou incompetente e
não acordou para isso.

ISTO É - Está sobrando auto-estima?
Shinyashiki - Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que
os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter
conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para
conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser
nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parece que sabem,
parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para confessar
que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer
que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem pose de que
está tudo bem.

ISTO É - Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos
em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki - Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando
os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O
técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles
não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia: "Quando você
quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha Elizabeth com uma
crise de diarréia durante um jantar no Palácio de Buckingham". Pode parecer
incrível, mas a rainha Elizabeth também tem diarréia. Ela certamente já teve
dor de dente, já chorou de tristeza, já fez coisas que não deram certo. A
gente tem de parar de procurar super-heróis. Porque se o super-herói não
segura a onda, todo mundo o considera um fracassado.

ISTO É - O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki - Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A
gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de
errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque
acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será
positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é
delas.

ISTO É - Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki - Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz
minha vida fluir facilmente. Há várias coisas que eu queria e não consegui.
Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho mais velho
nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma criança especial,
eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou massacrá-la o resto da
vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto
foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu
certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu
respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.

ISTO É - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki - O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas
cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas.. A primeira é
precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é
buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso
desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os
MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O
que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias
potencialidades.

ISTO É - Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?
Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo. São quatro Loucuras da
sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele
não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de estar
feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que puder. O
resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura: Você tem de
fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há um caminho
único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso,
mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado de
espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto
outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você pode ser
feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou amigos verdadeiros,
levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema. Quando era
recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes terminais.
Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei conversar
com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa e diz:
"Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora eu
quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder
fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro
em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias
oportunidades para aproveitar a vida.

segunda-feira, maio 29

Novas empresas abrem 216 postos em Guará

Novas empresas abrem 216 postos em Guará
Valeparaibano :: 26/5/2006

Guaratinguetá

Guaratinguetá deve receber este ano três novas empresas no Pólo Industrial 2, onde serão investidos R$ 6,6 milhões, que resultarão na geração de 216 novos empregos, sendo 58 diretos e 158 indiretos.

Situado à margem da estrada Guará-Lorena, o Pólo Industrial 2 vai abrigar em 40 mil metros quadrados as empresas Colorsoft, Key-Tec e Labufalina.

Segundo o assessor de Indústria e Comércio de Guaratinguetá, Rubens Fernandes, as empresas foram atraídas para o município porque receberam isenção de tributos municipais.

A indústria química Colorsoft vai investir R$ 3,6 milhões e gerar 25 empregos diretos.

A La Bufalina, que já fabrica alimentos à base de leite de búfala no município, vai aumentar sua produção e gerar 13 empregos diretos com um investimento de R$ 2 milhões.

A empresa Key-Tek, fabricante de equipamentos industriais, investirá R$ 1 milhão e vai gerar 20 postos diretos de trabalho.

"Guaratinguetá conquistou em 2005 R$ 86 milhões e gerou cerca de 5.500 empregos diretos e indiretos. Agora outras três novas empresas vão aumentar o valor dos investimentos e criar novos postos de trabalho", afirmou Fernandes.

CAGED - Em abril, Guará registrou saldo positivo de 55 vagas, com 397 admissões e 342 demissões, segundo o Caged. No acumulado do ano, a cidade tem saldo de 419 vagas abertas, com 2.201 admissões e 1.782 demissões.

quinta-feira, maio 25

CADASTRO SINCRONIZADO
NOTA FISCAL ELETRÔNICA

GUARATINGUETÁ - 25 de maio de 2006
(na foto, da esqueda para direita, Sr. Antonio Pedro Crespo, Sra. Ana Paula Rios, Sr. Renato Brunholi, Sr. Luiz Fernando Corso e Sra. Sônia Monteiro)

Aconteceu essa manhã, no Clube dos 500, o evento que tratou do tema Cadastro Sincronizado e a apresentação de sistemas de Escrituração Digital e Nota Fiscal Eletrônica, promovido pela Monteiro&Barbosa Associados. Foi mais uma iniciativa da empresa no campo da orientação empresarial para assuntos que irão impactar os negócios nos próximos tempos, e que precisam ser esclarecidos por profissionais do setor para que sejam evitados problemas futuros.
O encontro faz parte da série "Encontros Empresariais", tendo sido a segunda edição da mesma. A primeira, também realizada no Clube dos 500 , aconteceu no dia 20 de abril e contou com uma palestra do Dr. Dornelas, Subdelegado Regional do Trabalho.
No evento de hoje, estiveram presentes os Gerentes de Negócios da PROCWORK, Sr. Luiz Fernando Corso e Sr. Renato Brunholi, falando sobre as soluções da empresa para a área de escrituração digital. Em seguida, foi proferida palestra pela Sra. Ana Paula Rios, Representante da Receita Federal em Taubaté e pelo Sr. Antonio Pedro Crespo, Chefe da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, também em Taubaté.
O 2o. ENCONTRO EMPRESARIAL da Monteiro&Barbosa Associados foi patrocinado pela PROCWORKS SOFTWARE e pelo SESI Taubaté e apoiada pelas empresas Seculum Vigilância e Colorsoft Pigmentos. Durante o mesmo, foram distribuídos vários materiais de interesse nas duas áreas que foram tratadas. Como sempre, o grupo de participantes ficou restrito a 50 pessoas de diversas empresas de todo o Vale do Paraíba, que tiveram a oportunidade de participar do Café-da-Manhã Executivo que foi servido ao longo dos trabalhos.
No mês de Junho, a M&B-A promoverá o 3o. ENCONTRO EMPRESARIAL sobre o tema "Reciclagem e Meio Ambiente", tratando de um assunto que mobiliza não só a comunidade empresarial, como de resto toda a sociedade, em virtude da importância do assunto.
No site da Monteiro&Barbosa (www.monteiroebarbosa.com.br) serão disponibilizadas as apresentações que foram feitas, no formato PowerPoint.

Nelson Marques
Comunicação & Marketing
Monteiro&Barbosa Associados

sexta-feira, maio 19

"Humanos Virtuais"


Cientistas europeus desenvolvem um mundo de "humanos virtuais"
Publicada em 19 de maio de 2006 às 11h25

Dublim - Sociedade virtual será modelo para analisar comportamento humano e ajudará construir as "mentes" dos robôs.

Os políticos poderão um dia conhecer os resultados das eleições antes da votação. A promessa vem de uma pesquisa européia que estudará as interações sociais através do comportamento de uma comunidade de milhões de pessoas virtuais.

Cinco universidades européias colaboram no projeto New Ties, cujo o plano é criar milhões de “seres de software”, humanos virtuais que vivem em computadores com a intenção de estudar como os mesmos se envolvem e relacionam entre si.

Os humanos virtuais não têm nomes, mas possuem características distintas, incluindo gênero, expectativa de vida, altura e metabolismo. Eles são capazes de aprender e ganhar novas características e têm características pessoais repassadas conforme vão se reproduzindo.

Os pesquisadores irão descobrir como eles aprendem e interagem estudando seus planos de decisões, que representam suas “mentes”. São como árvores com ramificações que mostram as possibilidades de decisão e as escolhas tomadas.

Essas árvores mostram prioridades como quando o ser acha que se alimentar é mais importante do que fazer sexo. Será possível ver como eles aprendem uma língua, trabalham em equipe, encontram uma loja de mantimentos e distinguem um amigo de um adversário.

Duas mil pessoas artificiais foram criadas em apenas um computador, mas a meta é produzir uma rede de computadores para hospedar milhões deles, afirmou Gusz Eiben, o líder da experiência e professor de ciência da computação da Universidade de Vrije, na Holanda.

Eiben prenuncia que os resultados da pesquisa poderão ser estendidos a várias outras áreas, por exemplo a robótica. “Isso pode ser usado para a construção da engenharia de grupos de robôs. Podemos configurar a ‘mente’ de um grupo de robôs para que eles como um todo se comportem da forma desejada”.

Sociologistas, antropologistas e políticos também poderão usar o projeto para simular reações a eventos. “Se já tivéssemos isso de forma bem avançada, em grande escala, poderíamos ter uma Europa virtual que evitaria a necessidade de um referendo sobre a Constituição Européia”, brinca Eiben.

Outro nicho que poderia se beneficiar é o dos desenvolvedores de games. Eles estariam aptos a criar personagens mais inteligentes, com mais flexibilidade para se adaptar e aprender. “Dar inteligência aos personagens tornará os games mais desafiadores”, acredita Eiben.

Colaboram ainda no projeto a Universidade de Surrey, na Inglaterra; a Universidade Eotvos Lorand, na Hungria; a Universidade de Napier, na Escócia; e a Universidade de Tilburg, também na Holanda.

Atualmente o único computador em operação apresentou problemas na velocidade de processamento e falhas de memória. Mas Eiben espera melhorias dentro de um mês, quando os pesquisadores expandirem o sistema e começarem a estudar as interações sociais.

As universidades receberam a soma de 1,6 milhão de euros da Comissão Européia para financiar o projeto, que começou a ser desenvolvido em setembro de 2004 e está programado para começar a operar em setembro de 2007.

Empresas estão menos otimistas para investimentos

Empresas estão menos otimistas para investimentos

Fonte : O Estado de São Paulo


Em abril deste ano, as empresas estão menos otimistas em suas projeções para investimento ante igual período no ano passado. É o que mostra a Sondagem Conjuntural da Indústria da Transformação, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O levantamento anunciado nesta quinta-feira mostrou que 55% das empresas pesquisadas projetam investir mais este ano do que em 2005. Porém, no mesmo período do ano passado este porcentual era maior: 65%.

Além disso, a pesquisa mostra que, em abril deste ano, 16% das empresas pesquisadas planejam investir menos este ano do que no ano passado. Esse porcentual era inferior em igual mês no ano passado, de 8%.

Na avaliação da FGV, "embora a disposição para aumentar investimentos esteja, em abril de 2006, menos disseminada na indústria do que no mesmo mês do ano passado, ela ainda atinge parcela superior a 50% das empresas e a proporção supera as apuradas nos anos de 2003 e 2004".


Capacidade produtiva
A pesquisa mostrou ainda que a expansão da capacidade produtiva é o principal motivo alegado pelo setor industrial no País para a realização de investimentos este ano, com 49% dos entrevistados.

"Historicamente, somente em anos com boas perspectivas de crescimento, esta opção de resposta tem sido a mais citada pelas empresas" informou a FGV, em comunicado.

Em segundo lugar está o aumento da eficiência produtiva, lembrado por 34% das empresas pesquisadas, seguido por substituição de máquinas e equipamentos, com 11%. Já cerca de 6% das empresas pesquisadas afirmaram que estavam sem programa de investimentos.


Carga tributária
A carga tributária elevada continua sendo o principal obstáculo para realização de investimentos, com 34% das empresas entrevistadas compartilhando dessa opinião. Apesar da alta representatividade, segundo a FGV, a proporção é a menor desde 2004, quando esta opção foi incluída no questionário.

Em seguida está o tópico incertezas acerca da demanda, lembrado por 29%, seguido por custo de financiamento, com 16%; por taxa de retorno inadequada, com 16%; limitação de recursos da empresa, com 12%; e limitação de crédito, com 3%.

A pesquisa Quesitos Especiais,feita com base na 159º Sondagem da Indústria da Transformação - já divulgada em 28 de abril pela FGV - é referente ao primeiro trimestre. A coleta de informações foi feita entre os dias 31 de março a 5 de maio, e consultou 1.043 empresas.

Empresa indiana investirá US$ 500 milhões no Brasil

Empresa indiana investirá US$ 500 milhões no Brasil

Fonte : O Estado de São Paulo


A maior fabricante de açúcar e etanol da Índia, Bajaj Hindusthan (BHL), planeja investir US$ 500 milhões no Brasil, informou nesta quinta-feira o jornal indiano The Economic Times. A empresa pretende estabelecer uma subsidiária no mercado brasileiro e está aberta a todas opções para aumentar sua presença no País, incluindo o estabelecimento de novas plantas e aquisições.

"A BHL está propondo investir mais de US$ 500 milhões no Brasil nos próximos seis meses tanto em ativos de açúcar como de etanol", disse o diretor executivo da empresa, Hushagra Bajaj. Com isso, a BHL pretende estar entre as duas maiores companhias açucareiras do mundo. Segundo o jornal, a iniciativa da empresa é relevante por causa do crescente interesse dos benefícios do álcool misturado com gasolina diante da alta dos preços do petróleo.

A BHL espera atingir uma capacidade global de processamento de cana-de-açúcar de 100 mil toneladas por dia até setembro deste ano. Além disso, deverá alcançar uma produção de 2 milhões de toneladas de açúcar até 2007.

Petrobras vai acelerar produção de gás natural

Petrobras vai acelerar produção de gás natural

Fonte : Gazeta Mercantil


Problemas com a Bolívia também farão com que a importação do GNL seja permanente. Em resposta à crise sobre o gás natural da Bolívia, a Petrobras e o governo federal anunciaram ontem um novo plano para o combustível, que prevê a antecipação do projeto de ampliação da produção nacional. Segundo a estatal, a meta é elevar, até o fim de 2008, a atual oferta de 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para 40 milhões de metros cúbicos - volume antes esperado para ser alcançado em sete anos.

A Petrobras também anunciou ontem que a importação do Gás Natural Liqüefeito (GNL), será uma fonte permanente na matriz energética brasileira e a principal alternativa ao produto boliviano.

Menos indústrias querem elevar investimento

Menos indústrias querem elevar investimento

Fonte : Folha de São Paulo


Num ano em que o governo espera crescimento de mais de 4%, as indústrias se mostram menos dispostas a investir, segundo a sondagem da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Das 1.043 empresas entrevistadas, 55% calculam aumentar investimentos neste ano -em 2005, eram 65%.

Um dos desestímulos, segundo a FGV, é a valorização do real, que retirou a rentabilidade de muitos produtos de exportação. De acordo com a pesquisa, 49% das empresas estimam investir especificamente para aumentar a capacidade de produção em 2006 -o percentual era de 52% em 2005.

O maior entrave identificado pelas indústrias para não investir é a carga tributária, apontada por 34% dos entrevistados. Esse percentual em 2005, porém, havia sido maior: 46%.

As condições de crédito e o custo dos financiamentos, por sua vez, mostram que são empecilhos menos importantes do que em 2005 em razão da queda da taxa de juros, de acordo com a FGV. O percentual de empresas que apontou esses quesitos como limitantes ao investimento baixou de 6% em 2005 para 3% em 2006 nas condições de crédito e de 20% para 16% no custo.

Sob efeito da valorização do real, as empresas apontaram a perda de rentabilidade como causa crescente do desinteresse em investir. Essa limitação havia sido identificada por 13% das empresas em 2005. O percentual subiu para 16% neste ano.

"Os dados mostram que o câmbio é um fator que a indústria julga ser desfavorável", afirmou Aloísio Campelo, coordenador de análises econômicas da FGV.

Ao ser observada a disposição de cada setor em investir, nota-se mais claramente o efeito negativo do câmbio. O percentual de empresas do ramo de vestuário e calçados que previa aumentar investimentos caiu de 50% em 2005 para 20% em 2006. O setor é um dos mais afetados pelo real forte.

Também fortemente voltadas ao mercado externo, as firmas do segmento de papel e celulose indicam que colocarão o pé no freio: o percentual de empresas que previa mais investimentos baixou de 49% em 2005 para 35% em 2006.

Estão na mesma situação as companhias do setor de metalurgia (que inclui as siderúrgicas, também grandes exportadoras). O percentual de empresas que estimavam expandir seus investimentos cedeu de 45% em 2005 para 35% neste ano.

As indústrias ligadas à produção de materiais de construção, por sua vez, têm a expectativa de investir mais neste ano -o percentual das que estimam elevação saltou de 18% em 2005 para 39% em 2006. "Pode ser um efeito do pacote do governo federal para estimular o setor de habitação", avalia Campelo.
Entre outras medidas, o pacote zerou o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de 13 itens de uma cesta básica da construção civil e reduz para 5% o IPI de outros 28 produtos. Ampliou ainda os recursos destinados ao crédito oficial para aquisição da casa própria.

Crise ameaça pólo automotivo no Vale

Crise ameaça pólo automotivo no Vale

Fonte : Valeparaibano


A crise nas exportações de veículos pode provocar o esvaziamento do pólo automotivo na região, que concentra a produção dos modelos mais exportados pela General Motors, em São José dos Campos, e Volkswagen, em Taubaté.

Após o anúncio das demissões nas duas fábricas, os sindicatos dos metalúrgicos deflagraram uma mobilização para tentar evitar as dispensas e cobrar medidas contra a guerra fiscal junto aos governos do Estado e Federal.

A estratégia inclui a união de forças com a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Força Sindical. "Se aceitarmos essas 960 demissões na GM, depois virão mais 900 e mais 900", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Luiz Carlos Prates.

Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade de Campinas), Mariano Laplane, a redução nos volumes exportados poderá levar a uma concentração da produção em um número menor de fábricas.

"No final dos anos 90, com o crescimento vertiginoso das vendas de veículos no Mercosul, especialmente na Argentina, e no Brasil, o país recebeu uma onda de investimentos de montadoras que já estavam instaladas aqui e de novas. A capacidade instalada triplicou e daí vieram as crises de 1998 e 1999", disse o economista.

A alternativa para minimizar a ociosidade das fábricas foi transformá-las em plataforma de exportação. "O câmbio era favorável e parte do que as montadoras deixaram de vender no mercado interno foi compensada pelas exportações," disse Laplane.

CRISE - A mudança de cenário, segundo o economista, coincidiu com a crise financeira nas matrizes. "Nesse momento as montadoras estão repensando o futuro das exportações, a possibilidade de aporte de recursos da matriz está descartada e elas irão pressionar para a melhora dos resultados financeiros das filiais," disse.

Para Laplane, o que vai inviabilizar uma fábrica na atual conjuntura cambial serão os modelos que ela produz e a compatibilidade com os novos veículos que se tornarem a aposta da montadora para crescer no mercado brasileiro. "Acho possível que algumas fábricas sejam fechadas", disse o economista.

No caso da GM, a estratégia para recuperar as perdas na exportação inclui o lançamento de um novo veículo pequeno, que será produzido na mesma fábrica do Celta, em Gravataí, no Rio Grande do Sul.

RISCO À FÁBRICA - Para Prates, medidas como a redução para apenas um turno na linha de produção do Corsa, anunciada esta semana pela montadora, colocam em risco a viabilidade econômica da fábrica a médio e longo prazos.

Em entrevista anterior, o presidente da GM, Ray Young, disse que novos planos de investimentos estão suspensos por conta do câmbio e que a estratégia no Brasil seria revista, com a concentração das operações apenas no mercado local e Mercosul.

A fábrica de São José tem 9.700 funcionários e pode demitir 960 nos próximos meses. A unidade concentra a produção de kits de veículos desmontados para exportação.

sexta-feira, maio 12

Empregos na Indústria em abril

FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo


Indústria paulista cria 40 mil empregos em abril

Segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – Fiesp, divulgado em coletiva, nesta quinta-feira, o nível de emprego de abril apresentou crescimento de 1,92%, sobre março. Nos primeiros quatro meses deste ano, o setor gerou 59.500 vagas.


De acordo com a nova metodologia do Índice de Emprego que agora tem como base o Cadastro de Estabelecimentos e Empresas (CEE) do Ministério do Trabalho, os setores que mais cresceram em abril foram: Fabricação de Coque, Refino de Petróleo, Elaboração de Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool, com 12,90%, e Fabricação de Produtos Alimentícios e Bebidas, 10,58%.

Já os setores que registraram queda foram: Preparação de Couros e Fabricação de Artefatos de Couro, Artigos de Viagem e Calçados, 1,15% e Edição, Impressão e Reprodução de Gravações, 1,00%. O desempenho do setor de alimentos é explicado pelo início da safra de açúcar, pois esta produção é responsável por mais de 20% do emprego no setor.

O diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini, afirma que o resultado está afinado com o crescimento da indústria que vem sendo medido pelo INA e pelo IBGE e prevê um próximo mês com bom desempenho. "Em geral, o emprego reage ao crescimento da atividade industrial com defasagem média de quatro meses. Há cinco meses temos crescimento da indústria, já era hora de vermos o emprego crescer. Em maio, e nos próximos meses o crescimento deve continuar".

Ainda de acordo com o estudo que mostra as variações percentuais mensais disponibilizadas pelos 21 Setores, 25 registraram desempenho positivo, enquanto cinco negativo. Do total, um permaneceu estável.


Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP



quinta-feira, maio 11

Aeroporto de São José perde rotas aéreas


Aeroporto de São José perde rotas aéreas


Fonte : Valeparaibano

A aviação comercial dá os primeiros sinais de recuperação da crise que desde 2002 provocou "enxugamento" de rotas no país, mas o Aeroporto de São José ainda está à margem dessa retomada.

"Os vôos estão voltando em algumas cidades até menores do que São José, a demanda existe e cabe à companhia aérea avaliar se já é viável ou não voltar a operar no aeroporto," disse o superintendente do terminal de São José, Jorge Fernando Manzoni dos Santos.

Para ele, também é responsabilidade dos empresários e da população em geral pleitear esses vôos. "A cidade tem o nono maior PIB do país e não reivindica transporte aéreo", disse.

A crise no setor, que sucedeu os atentados terroristas nos Estados Unidos em setembro 2001 reduziu de 350 para 140 o número de municípios brasileiros atendidos por rotas comerciais regulares. Os aeroportos próximos dos grandes centros do país, a exemplo de São José, foram os mais afetados pela redução de rotas.

Para o presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial) de São José, José de Mello Corrêa, existe um potencial de crescimento no movimento de passageiros no terminal que poderá ser convertido em receita, mas a partir das novas instalações.

"Hoje o acesso ao aeroporto, dependendo do horário, é dificultado pelo trânsito intenso na avenida dos Astronautas, mas quando o acesso mudar para a Tamoios haverá uma facilidade a mais," disse Corrêa.

MODERNIZAÇÃO - A mudança de acesso está prevista no projeto de modernização e ampliação do terminal, que está em fase de análise junto à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O projeto foi entregue há cerca de dois anos ao extinto DAC (Departamento de Aviação Civil).

Estradas de São Paulo

BID aprova empréstimo de US$ 30 milhões para estradas


Fonte : Valor Economico


O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou há pouco que concederá US$ 30 milhões para financiamento da segunda fase do programa de recuperação de estradas no estado de São Paulo - que concentra um quinto de toda a malha viária pavimentada do país.

O empréstimo tem duração de 20 anos, com carência de quatro anos, e taxa de juros variável. Os fundos locais de contrapartida totalizam US$ 30 milhões.

O Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo estará a cargo do programa. "A atividade econômica do estado de São Paulo está estreitamente vinculada ao sistema de transporte rodoviário " , disse a líder da equipe de projeto Rosana Brandão, em comunicado enviado à imprensa. " É o maior centro industrial da América do Sul e gera um terço das exportações e cerca de 34% do produto interno bruto do Brasil. "

Como enunciou o BID, desde 2001 o banco de fomento apoiou o processo de melhoramento em 700 quilômetros de rodovias com um programa de recuperação cujo custo totaliza US$ 240 milhões.

O segundo estágio deste programa dará continuidade às obras mediante o financiamento da recuperação de aproximadamente 156 quilômetros de estradas e o tratamento de pontos críticos com alto risco de acidentes.

Modelos saturados


Modelos saturados


Fonte : Agência FAPESP


Pergunte ao presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), Luís Madi, qual é o modelo ideal, em termos jurídicos, para que um instituto de pesquisa possa enfrentar a complexidade atual que a resposta virá imediatamente.

“Há duas formas de enfrentar a grande demanda por inovação que temos hoje: a criação de organizações sociais e a criação das chamadas autarquias especiais. Os modelos de fundação, de empresas públicas ou ainda de administração direta centralizada estão ultrapassados”, disse à Agência FAPESP durante o Congresso Abipti 2006, que está sendo realizado em Campinas (SP).

Segundo Madi, também coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), a melhoria na gestão das instituições de pesquisa que fazem parte dos modelos considerados superados também é uma forma de aumentar a produtividade. “Mas o ideal seria a transformação dessas instituições em organizações sociais, como ocorreu recentemente com o Instituto de Tecnologia de Pernambuco”, afirmou.

Para outro participante da mesa-redonda sobre inovação tecnológica, Wolney Betiol, vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná, outros gargalos sistêmicos precisam ser eliminados. “Há nós no setor empresarial, governamental e nacional”, disse.

De acordo com Betiol, faltam uma política econômica eficiente que promova o desenvolvimento sustentável, políticas públicas permanentes de estímulo à ciência e tecnologia e a criação de uma cultura voltada para a inovação dentro do setor privado. “Apesar de tudo isso, devemos lembrar que o setor acadêmico vai bastante bem, o que já é algo positivo”, disse.

Guilherme Ary Plonski, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, preferiu uma visão otimista. “Estamos no limiar da revolução da inovação tecnológica e acredito que estamos preparados para enfrentar os obstáculos do setor. Vamos superá-los e daqui a dez anos voltamos a falar sobre isso”, disse.

O Congresso Abipti 2006, que termina nesta sexta-feira (5/5), está sendo transmitido ao vivo pelo endereço www.abipti.org.br.

quarta-feira, maio 10

Botaram ecstasy no abastecimento de água do Brasil?


Hoje pela manhã, recebi um e-mail com um depoimento da Cristiane Torloni no Programa Mais Você, da Ana Maria Braga. Nela, "La" Torloni pergunta, em tom indignado - e com o charme que lhe é peculiar - se colocaram estasy na água do Rio Guandú (o rio que abastece a cidade do Rio de Janeiro), porque a reação das pessoas naquela cidade são as mais alienadas possíveis, frente ao noticiário nacional, estadual e local. Parece que está havendo uma piração geral, segundo ela, e os grandes agentes mobilizadores da sociedade (estudantes, ong´s e formadores de opinião de uma forma geral) estão falando de coisas que não tem nenhuma relação com os episódios pavorosos que estão sendo noticiados pela mídia em altos brados e caixa alta.
Enquanto escrevo estou escutando, pela internet, a rádio CBN, onde o ex-secretário do PT, conhecido no meio político como "Silvinho", fala com voz engrolada que não sabe mais "onde está a verdade na entrevista que dei". Refere-se a oito horas de conversa que teve com uma repórter do Jornal "O Globo", e que foi veiculada no último domingo, dia 08 de maio.
Não fala coisa com coisa. Não se coloca objetivamente e quase conseguiu não ir à CPI dos Bingos, graças a uma enorme quantidade de recursos que foram tentados, e que graças a Deus não deram certo.
O fato é que, por mais que esteja sendo pressionado pelos Senadores, não diz nada do que realmente importa, e se dá ao direito de informar à Comissão de que não responderá mais a perguntas que se refiram a uma eventual amnésia que esteja se manifestando.
Enfim, Lula não sabe. Silvinho não lembra. Marcos Valério não fala. José Genoíno sumiu. José Dirceu conseguiu não ser convocado para responder pelo que fez. O PT não explica e as coisas não se tornam críveis em momento algum.
É claro que alguma coisa deveria estar acontecendo em termos de clamor popular, mas o que se vê é uma apatia geral. Devem ter colocado ecstasy na atmosfera do Brasil... e está chovendo loucura.
Nelson Marques
10 de maio - 15 horas

segunda-feira, maio 8

Evento no SESI: Cadastro Sincronizado

Projeto "Cadastro Sincronizado Nacional" foi tema de palestra no SESI Taubaté

Evento foi uma promoção conjunta do CIESP Taubaté, Secretaria da Fazenda e Delegacia da Receita Federal. O evento contou com a organização da M&B-A – Soluções Empresariais e apoio do SESI Taubaté e do Sindicato dos Contabilistas de Taubaté.


Em parceria com a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo e a Delegacia da Receita Federal, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP Regional de Taubaté promoveu no dia 4 de maio, às 15h30, a palestra "A Interface Estadual do Cadastro Sincronizado: Receita Federal – Secretaria da Fazenda". O evento, cujo objetivo foi esclarecer e orientar as empresas associadas sobre o Projeto Cadastro Sincronizado Nacional, aconteceu na sede do SESI – CAT "Luiz Dumont Villares", em Taubaté.

Mais de 80 pessoas compareceram à palestra, que contou com as presenças de Carlos Inocêncio Nunes (Diretor Adjunto do CIESP Taubaté), Antônio Jorge Filho (Diretor do SESI Taubaté), Antonio Crespo (Chefe da Secretaria da Fazenda - Taubaté), Ana Paula Rios (Receita Federal), Alvaro Caninéo (Sindicato dos Contabilistas de Taubaté) e José Alberto Barbosa Júnior (Diretor da M&B-A).

A palestra abordou os seguintes tópicos: a parte que cabe ao Estado no novo sistema de cadastro; a Receita Federal e o histórico da criação do Sistema de Cadastro Sincronizado; e o papel da Secretaria da Fazenda como executora do sistema. Além disso, os palestrantes também fizeram uma demonstração de como executar o Sistema do Cadastro Sincronizado.

De acordo com a Secretaria da Receita Federal, o projeto tem como meta a simplificação da burocracia nos procedimentos de abertura, manutenção e baixa de empresas. A sua base é a utilização do CNPJ como única inscrição cadastral em todas as esferas de governo - federal, estadual e municipal. O Cadastro Sincronizado Nacional, já implantado no Estado da Bahia e de São Paulo (ambos apenas no âmbito das Secretarias de Fazenda Estaduais), será gradativamente expandido para os demais órgãos intervenientes no processo de registro e legalização de empresas em todo o País.

sexta-feira, maio 5

Redução de gastos na Volks ameaça 681 empregos

Volkswagen demite no Vale do Paraíba

Fonte : Valeparaibano


A Volkswagen anunciou ontem um plano de reestruturação no país que inclui demissão e corte de benefícios de empregados, além de redução de custos nas três fábricas responsáveis pelos modelos comerciais leves --Taubaté, São Bernardo do Campo (SP) e São José dos Pinhais (PA).

O plano prevê a demissão de 5.701 funcionários nas três plantas industriais até 2008 --sendo 681 somente em Taubaté, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos. O número representa 14% do efetivo empregado hoje na unidade do Vale, que é de 5.000 trabalhadores.

Além dos cortes, não estaria descartada a possibilidade de fechamento de uma das unidades instaladas no país.

A Volks também mantém fábricas em Resende (RJ), que monta caminhões e ônibus, e em São Carlos (SP), responsável pela fabricação de motores e câmbios. As duas plantas, no entanto, não devem ser afetadas.

O anúncio da reestruturação foi feito ontem à tarde pela direção da Volks no país, que informou que o plano é mundial e já afetou unidades na Alemanha e na Espanha.

A empresa não estima o total de funcionários que deve dispensar e nega que tenha discutido esse número com os sindicatos. Mas informa que quer adotar medidas para reduzir em 25% os custos com a mão-de-obra na produção.

Segundo o presidente da Volks no Brasil, Hans-Christian Maergner, os números do sindicato são "mera especulação". Entretanto, em nota, o executivo diz que "cortes em produção e de milhares de empregos são inevitáveis".

"Seria irresponsável hoje anunciar qualquer número (de demissões) sem saber qual é a taxa de câmbio (no futuro). Se houver uma resposta do mercado interno boa, talvez eu não tenha que demitir ninguém", disse Maergner.

DÓLAR - Aliado ao aumento dos custos com matéria-prima e mão-de-obra, a valorização do real frente ao dólar é o principal fator para o corte de gastos da empresa. O câmbio desfavorável provocou uma queda 40% nas perspectivas de exportações até 2007.

A Volks, que bateu recorde de vendas ao exterior no ano passado, com 264.603 unidades, trabalhava até o mês passado com a estimativa de exportar 197 mil carros este ano.

A tendência de queda da moeda norte-americana, no entanto, provocou o recuo desta previsão para 175 mil unidades até o fim de 2006, e para 156 mil em 2007.

Desta forma, as fábricas de Taubaté, São Bernardo e São José dos Pinhais irão alcançar uma osciosidade de mão-de-obra de 31% em 2007, considerando a atual capacidade instalada.

"Na verdade isto é um exercício matemático, que nos aponta para o excedente equivalente a uma planta. Mas não há recomendação para o fechamento de alguma unidade (específica)", disse o presidente, que classificou esta possibilidade como "último recurso".

NEGOCIAÇÕES - Segundo o vice-presidente de recursos humanos da Volks, Josef-Fidelis Senn, as negociações com as entidades sindicais começam imediatamente.

Somente na unidade do ABC, onde vigora um acordo de estabilidade até novembro, as possíveis demissões serão postergadas. Entre as possibilidades, segundo ele, estão a redução de benefícios e adoção de um PDV (Plano de Demissões Voluntárias).

Senn afirmou que a redução de salários, apesar de possível, não é a alternativa mais viável no momento.

Em Taubaté, os empregados do primeiro e segundo turnos aprovaram ontem à tarde um plano de negociação com a empresa para tentar evitar as demissões. A prefeitura também planeja procurar a direção da montadora (leia textos nesta página).

quarta-feira, maio 3

Mais dois jatos Legacy para o Oriente Médio


Mais dois jatos Legacy para o Oriente Médio


Fonte : Gazeta Mercantil


A Embraer anunciou ontem a venda de dois jatos executivos Legacy 600 para o Oriente Médio, elevando para sete o total desses modelos na região. Em Beirute, Líbano, o jato foi comprado por Adnan Kassar, Chairman e CEO do Fransabank SAL. O segundo aparelho foi comprado pela Celtel International, uma subsidiária da empresa de telefonia móvel MTC, que tem sede no Kuwait. As entregas dos aviões estão previstas para o terceiro e quatro trimestre de 2006. Os valores da negociação não foram revelados.

Segundo a nota oficial, o diretor de Marketing e Vendas para a Europa, África e Oriente Médio - Aviação Executiva da Embraer, Colin Steven, disse que o Legacy 600 é o avião ideal para este mercado em particular. "O alcance da aeronave, complementado pelo seu desempenho em aeroportos 'altos e quentes', faz com que o jato seja adequado para operar em todo o Oriente Médio". A Embraer vendeu um total de sete jatos Legacy 600 no Oriente Médio.

Abalada por Real forte, Volks reduz produção


Abalada por Real forte, Volks reduz produção


Fonte : Notícias Terra


O grupo automotivo alemão Volkswagen (VW), em dificuldades, reduzirá suas capacidades de produção no Brasil, anunciou nesta quarta-feira o presidente da empresa, Bernd Pischetsrieder. "Apesar das medidas de ajuste colocadas em prática nos últimos anos, os resultados da filial brasileira continuam sendo insuficientes", declarou Pischetsrieder durante a assembléia geral de acionistas da VW em Hamburgo (norte).

"Estes resultados se devem à valorização do real e às perdas ligadas às exportações do Brasil. Será necessário ajustar rapidamente as capacidades", acrescentou o presidente da VW.

Depois das 660 demissões na filial Seat na Espanha e da adoção de um plano social que poderá afetar até 20.000 funcionários na Alemanha, da marca principal Volkswagen, a imprensa alemã especula nas últimas semanas sobre novas demissões no Brasil. A VW emprega quase 22.000 trabalhadores no gigante sul-americano.

Pischetsrieder também se mostrou muito impreciso sobre o estado atual das negociações com os representantes dos trabalhadores na Alemanha. A VW está prestes a aprovar um plano de aposentadorias voluntárias da empresa, que envolveria 14.000 assalariados.

Porém, a empresa ainda precisa encontra um caminho para alcançar o objetivo de um máximo de 20.000 supressões de postos de trabalho, fixado

América Latina e o déficit de empregos formais


América Latina e o déficit de empregos formais

De Geralda Doca em O Globo


"O déficit de empregos formais na América Latina abrange 126 milhões de vagas, cresce mais de três milhões por ano e pode chegar à casa dos 158 milhões até 2015, se a região mantiver o mesmo ritmo de crescimento dos últimos cinco anos. O alerta foi dado ontem pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), durante seminário regional que visa a discutir medidas conjuntas para resolver o problema. Para o organismo, a situação é preocupante, pois o déficit representa 53% da população economicamente ativa (de 239 milhões) e se concentra entre autônomos, trabalhadores no serviço doméstico e familiares sem remuneração ou de microempresas com até cinco funcionários.


Uma dos problemas, aponta o relatório da OIT, é que os governos não dispõem de políticas específicas para esse público e tratam a questão do desemprego de forma genérica. Segundo o organismo, apesar de o mercado formal da América Latina ostentar resultado positivo nos últimos três anos, sobretudo no Brasil, na Argentina e no Peru, apenas um segmento da classe trabalhadora foi beneficiada, a que tem mais de 11 anos de estudo."

A falência do sistema político tradicional


A falência do sistema político tradicional Comentário da cientista política Lucia Hippolito na CBN:

"No meio desta crise envolvendo a decisão do presidente da Bolívia de estatizar as companhias estrangeiras que exploram petróleo e gás no país, salta aos olhos a marcha de boa parte da América do Sul em direção ao retrocesso.

Práticas políticas que pensávamos já terem sido superadas ressurgem com grande força. Usos e costumes considerados mortos e enterrados, renascem em pleno vigor.

Governos populistas, de retórica nacionalista. Práticas clientelistas e assistencialistas. Exploração da miséria e da boa-fé de largas parcelas da população.

Tudo isto parecia superado, a partir da volta da democracia na maioria dos países do continente.

Mas estamos assistindo ao renascimento de governos baseados em líderes carismáticos, que têm relação direta com as massas, que passam por cima de instituições, constituições, contratos, partidos políticos, e tudo aquilo que faz parte do cardápio dos modernos regimes democráticos.

Mas, é bom que reconheça: a volta da democracia fez muito pouco em favor das populações mais necessitadas.

No caso do Brasil, tivemos 21 anos de ditadura e agora estamos completando 21 anos de volta à democracia. E a gente fica se perguntando: o que foi mesmo que a redemocratização fez pelos pobres deste país nesses 21 anos? Quase nada.

O número de milionários aumentou, e a desigualdade também. A concentração de renda continua perversa

Como se não bastasse, a democracia brasileira não conseguiu universalizar o acesso aos bens da civilização: acesso a educação abundante, de boa qualidade e barata; emprego, habitação decente, água tratada, esgoto, transporte de massa abundante e barato, serviços de saúde minimamente decentes.

É de fazer a gente pensar. Os milhões de despossuídos da América do Sul parecem estar decretando a falência do sistema político tradicional, baseado em partidos que faziam as reivindicações da população chegarem ao poder público.

Hoje, o que vemos são parcelas da sociedade que se comunicam diretamente com seus líderes carismáticos, sem necessidade dos políticos.

É o que explica em parte a permanência dos altos índices de popularidade do presidente Lula entre os mais pobres, enquanto o PT e os outros partidos do mensalão afundaram-se na desmoralização.

É o que explica em parte o grande apoio popular de que desfrutam os presidentes da Venezuela e da Bolívia.

Seria interessante saber o que os partidos políticos dos países sul-americanos têm a dizer a esse respeito.

As eleições vêm aí. E não só no Brasil."

Morales garante à Lula normalidade no abastecimento de gás


| 02.05.2006
Os dois presidentes se falaram por telefone nesta terça-feira (2/5). Eles deverão se encontrar na quinta-feira para discutir a relação entre os dois países


EXAME

A nacionalização das reservas de gás e petróleo, anunciada ontem pelo presidente boliviano Evo Morales, não vai afetar o abastecimento no Brasil. A palavra foi dada pelo próprio Morales ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles se falaram por telefone, no final da tarde desta terça-feira (2/5).

Em nota oficial, o governo brasileiro disse que o abastecimento "está assegurado pela vontade política de ambos os países, e também por dispositivos contratuais amparados no Direito Internacional". Também ficou acertado que o preço do gás será definido por meio de negociações bilaterais. Lula e Morales deverão se encontrar na próxima quinta-feira, dia 4.

A nota diz, ainda, que a decisão do governo boliviano "é reconhecida pelo Brasil como algo inerente à sua soberania" e que o Brasil, como manda a sua Constituição, "exerce pleno controle sobre as riquezas de seu próprio solo". No entanto, o governo pretende agir "com firmeza e tranquilidade" no sentido de preservar os interesses da Petrobras.

O presidente Lula esteve reunido hoje com diversos ministros para discutir a situação. Antes mesmo do contato telefônico com Morales, Lula havia recebido a garantia, por parte do presdiente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, de que não há perigo de desabastecimento de gás. "A Petrobras tem como garantir que o fornecimento de gás para o Brasil continuará absolutamente normal, de forma que os consumidores e as empresas não têm com o que se preocupar", disse o porta-voz da presidência, André Singer.

Surpresa

De acordo com a assessoria de imprensa da Petrobras, empresa responsável por 20% dos investimentos diretos na Bolívia e por 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do país vizinho, o decreto assinado nesta segunda-feira (1º/05) por Morales deixa como única alternativa à estatal brasileira a arbitragem internacional. Em entrevista coletiva concedida ontem nos Estados Unidos, onde participava de um seminário internacional sobre petróleo, o presidente da Petrobras disse ter sido pego de surpresa pelo anúncio do recém-empossado presidente boliviano. "Em nenhuma das nossas negociações houve qualquer sinal de que o decreto seria tão duro. Os termos [do decreto] não foram discutidos na mesa de negociação com a Petrobras", afirmou Gabrielli, que garantiu que a estatal fará o possível para garantir o fornecimento de gás para o mercado brasileiro e resguardar os direitos da companhia.

Há dez anos na Bolívia, a Petrobras é responsável por 75% das exportações de gás do país para o Brasil, 46% das reservas de gás natural, 95% da capacidade de refino e 23% da distribuição de derivados. De 1994 a 2005, a estatal investiu em solo boliviano 1 bilhão de dólares.

Pelo decreto do governo vizinho, todo o petróleo e gás explorado na Bolívia deve ser repassado para a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). A YPFB se tornará a responsável pela comercialização dos produtos, e portanto pelas condições, volume e preços de negociação nos mercados interno e externo. Da receita total da Petrobras, e de outras estrangeiras, 82% dos valores irão para o Estado, o que deixará uma remuneração de 18% para as empresas. As estrangeiras terão 180 dias para regularizar os contratos de atuação na Bolívia - do contrário, devem deixar o país. Segundo o jornal boliviano La Razón, as "empresas petrolíferas passam de um regime de concessão a um regime de prestação de serviços, e dentro destas mudanças haverá várias modalidades", como explicado por uma fonte do governo vizinho.

A decisão de Evo Morales se baseou no referendo realizado no país em julho de 2004, no qual os bolivianos decidiram que o Estado deveria recuperar a propriedade de suas reservas energéticas – privatizadas na década de 1990 pelo então presidente Hugo Banzer. A privatização abriu espaço para a entrada de três estrangeiras na exploração de gás e petróleo no país: a britânica BP, a espanhola Repsol e a brasileira Petrobras.

Repsol

O anúncio do presidente boliviano também foi destaque na Espanha. O jornal El País afirma que o governo deve se reunir nos próximos dias com representantes de empresas espanholas para "analisar a decisão do governo de Evo Morales". Para a vice-primeira-ministra Maria Teresa Fernandéz de la Vega, o encontro significa que o governo "se preocupa e cuida, além dos trabalhadores, dos interesses das empresas espanholas", diz o jornal.

Entre as companhias resguardadas pelo governo espanhol está a Repsol, que controla mais de um terço das reservas de gás bolivianas. De acordo com o El País, a companhia espanhola disse ver como "preocupante" o novo cenário aberto pelo decreto de Morales. No entanto, a petrolífera afirmou estar disposta a renegociar seus contratos na Bolívia e classificou como improvável a possibilidade de deixar o país.

A notícia do decreto boliviano chegou ainda à Comissão Européia, que demonstrou preocupação. Segundo o jornal britânico Financial Times, Johannes Laitenberger, porta-voz da comissão, afirmou esperar por "um processo de discussão".

A nacionalização também fez os investidores se acautelarem, ainda de acordo com o jornal britânico. "Este é mais um passo em direção a um maior controle dos recursos naturais, como o que já vimos na Rússia e na Venezuela. Os Estados estão tomando uma parte maior do bolo e isso se traduz em preços mais altos de petróleo e gás. Essas são notícias extremamente negativas para o clima de investimento mundial em energia", afirmou Francisco Blanch, analista da Merrill Lynch em Londres.

Com informações da Agência Brasil

Itaú confirma compra do BankBoston no Brasil

02.05.2006
Acordo, que foi antecipado por EXAME há uma semana, custará cerca de 4,5 bilhões de reais ao banco brasileiro


EXAME

O Itaú confirmou, nesta terça-feira (2/5), a compra das operações do BankBoston no Brasil. O acordo, antecipado por EXAME há uma semana, envolve a emissão de 68,518 milhões ações preferenciais da Itaú Holding, que servirão de pagamento à instituição americana. Com isso, o BankBoston passará a deter cerca de 5,8% de participação no banco brasileiro, o que lhe dará também direito a um assento no conselho de administração. Segundo o Itaú, a transação está avaliada em aproximadamente 4,5 bilhões de reais, se considerada a cotação de suas ações em 28 de abril. O acordo foi assinado nesta segunda-feira (1º/5) e é a maior operação envolvendo troca de ações já feita por um banco brasileiro.

Pelo acordo, o BankBoston não poderá aumentar sua participação no Itaú acima de 20%. Além disso, o lote de papéis adquiridos não poderá ser vendido por três anos. O banco americano também não contará com o direito de preferência, em caso de oferta de novas ações do Itaú, mas terá direito a tag along (a extensão, a todos os acionistas, do prêmio pago aos controladores, no caso de mudança de mudança de controle de uma empresa).

O acordo também confere ao Itaú o direito de exclusividade para adquirir também as operações do BankBoston no Uruguai e no Chile. No primeiro país, a instituição americana ocupa a terceira posição no ranking de bancos privados, de acordo com o critério de total de ativos. Possui 15 agências, além de uma operadora de cartões – a Oca – que mantém outras 23 agências e é a maior emissora de cartões do Uruguai, com 50% do mercado. Em conjunto, o banco e a operadora possuem 372 000 clientes no país. Já no Chile, o BankBoston conta com 5 bilhões de reais em ativos, 44 agências e 58 000 clientes, ocupando o 12º lugar no ranking, pelo critério de total de ativos.

Segundo os números oficiais do Banco Central, o Itaú deverá se igualar ao seu maior rival – o Bradesco – em volume de ativos, com a aquisição do BankBoston. Mas, segundo os critérios aceitos pelos analistas de mercado, que consideram não apenas os ativos bancários, mas também as reservas técnicas de seguros, previdência e capitalização, o Bradesco mantém uma folgada margem de mais de 20 bilhões de reais sobre o concorrente. O banco das famílias Setubal e Villela, porém, superará o bancão de Osasco em áreas como administração de fundos. Em conjunto, Itaú e BankBoston vão se tornar o maior gestor privado de fundos do país, perdendo apenas para o Banco do Brasil.

O acordo também traz outras vantagens para o Itaú. Os 203 000 clientes brasileiros do BankBoston, todos com renda superior a 5 000 reais por mês, permitirão ao banco avançar na clientela de alta renda – um mercado de cerca de 5 milhões de pessoas no país. Além disso, a instituição também reforçará sua carteira no segmento de grandes e médias empresas e poderá usar a rede do BankBoston para ampliar a presença nos mercados de empréstimo, seguros e previdência.