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quinta-feira, agosto 31

Carga tributária bruta sobe em 2005 para patamar...

Carga tributária bruta sobe em 2005 para patamar recorde de 37,37% do PIB
Valor Online


BRASÍLIA - O total de tributos cobrados em todas as esferas de governo em 2005 foi equivalente a 37,37% do Produto Interno Bruto (PIB), informou a Receita Federal. Esse percentual é recorde e representa um aumento de 1,49 ponto percentual do PIB em relação à carga tributária apurada em 2004 (35,88% do PIB). Também está 1,76 ponto percentual do PIB acima do apurado em 2002, último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, que foi de 35,61% do PIB.

A carga tributária é considerada pela Receita Federal como o total da arrecadação dividido pelo valor do PIB. Os números anunciados hoje consideram o crescimento real de 2,3% apurado pelo IBGE para o PIB do ano passado.

De acordo com a Receita, o total de tributos recolhidos pela União (administrados pela Receita Federal, mais contribuições à Previdência) correspondeu a 26,18% do PIB. Trata-se de uma elevação de 1,18 ponto do PIB sobre os 25% apurados em 2004. Já os impostos arrecadados por estados e municípios equivaleram a 11,20% do PIB, com um aumento de 1,32 ponto percentual sobre os 10,88% do PIB de 2004.

(Azelma Rodrigues | Valor Online )

Plano prevê PIB de 6% entre 2008 e 2022

Plano prevê PIB de 6% entre 2008 e 2022
De Brasília


Um plano de longo prazo, com metas de crescimento para um período de 2008 a 2022, investimentos em infra-estrutura, energia, reajustes de salário mínimo e redução na taxa de juros foi apresentado ontem na penúltima reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social - a última antes da eleição de outubro. As propostas - elaboradas em conjunto pelos conselheiros e pelo governo - incluem um crescimento de 6% do PIB no período de 2008 a 2022, o que dobraria o PIB per capita no mesmo espaço de tempo. Ao término desses 16 anos, o salário mínimo valeria R$ 872.

Para o ministro da coordenação política, Tarso Genro, as metas estabelecidas no texto são perfeitamente factíveis. "Na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), temos uma previsão de crescimento para 5,5% a partir de 2007. Eu penso que a proposta de crescimento de 6% até 2022, não tem nenhuma dificuldade de ser alcançada", declarou Genro.

O empresário Jorge Gerdau Johannpeter acredita que a sociedade não pode se conformar com um ritmo de crescimento anual abaixo de 5,4% para abranger o crescimento demográfico nacional e assegurar a geração de empregos. "Tem que haver uma inconformidade geral com os atuais níveis de desenvolvimento. Senão, estaremos diante de uma completa irresponsabilidade social da elite brasileira", cobrou.

O estudo apresenta diversas projeções e metas, mas nem todas são a longo prazo. Até 2010, a taxa de juros real prevista é de 3% (ante os 10% atuais), havendo ainda uma redução para 39% na relação dívida/PIB também em 2010 (hoje é de 50,3%). No mesmo dia em que a Receita confirma um aumento na carga tributária para 37,37% do PIB em 2005, o texto propõe uma diminuição para 33% no prazo máximo de cinco anos.

Os gargalos no setor de logística e infra-estrutura também mereceram atenção especial no documento. Para que o país possa de fato crescer e ganhar competitividade, seriam necessários R$ 8,2 bilhões de investimentos/ano em rodovias, ferrovias e portos, mesclando parcerias público-privadas (PPPs) e contratos de concessão. No campo de energia - área na qual o próprio presidente Lula repete que não há riscos de apagão - os conselheiros e o próprio governo estimam que uma revitalização custaria, pelo menos, R$ 36 bilhões/ano.

No setor de infra-estrutura urbana, a intenção é investir R$ 178 bilhões nos próximos 20 anos para universalizar os serviços públicos de saneamento básico. Na educação, os planos são de investir 6% do PIB para "resgatar a dívida social e assegurar o desenvolvimento de uma área estratégica para um novo modelo de desenvolvimento de país". No campo da saúde, pretende-se ampliar, até 2011, os recursos destinados para o Sistema Único de Saúde (SUS), pulando de 3,2% para 4,5% do PIB, até atingir 6% em 2022.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Luiz Fernando Furlan, avisou que o momento do país ficar atrelado apenas à estabilidade econômica passou. "Temos que ter metas de crescimento, olhar para frente. Os demais fatores devem ser apenas pilares. Está na hora de sairmos dos alicerces para que a edificação suba", defendeu Furlan. (PTL)

Lula propõe a empresários pacto pelo crescimento...

Lula propõe a empresários pacto pelo crescimento
Sergio Leo
25/08/2006


Um grande pacto ou entendimento nacional, para aprovar rapidamente no Congresso as medidas necessárias para garantir o crescimento foi proposto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aos 27 executivos de grandes empresas e instituições financeiras com quem jantou na noite de quarta-feira. Entusiasmado com a receptividade, Lula repetiu a proposta em discurso no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ontem, no Palácio do Planalto. "Ele pediu um pacto, que é necessário, temos de superar esses conflitos todos", comentou ao Valor o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli.

"Após as eleições, seja qual for a decisão popular, estarei na linha de frente da construção de um grande entendimento nacional pelo futuro do nosso país", discursou Lula, no Planalto. "Temos que reduzir a tensão política, dedicar nosso tempo mais ao que nos une do que ao que nos divide", pediu. "Falamos na necessidade de um pacto, para garantir o crescimento do país", confirmou ontem o presidente do grupo Gerdau, Jorge Gerdau, ao relatar o encontro da véspera.

Fazendo coro aos empresários, Gerdau defendeu que o próximo governo atue fortemente nos primeiros meses de gestão para aprovar as medidas defendidas pelo setor privado, como as reformas da Previdência, trabalhista e tributária. Até empresários que não participaram do jantar com Lula defenderam uma ação conjunta para superar a crise política e avançar no Congresso com as medidas consideradas fundamentais para assegurar o crescimento econômico. "Não dá para ficar um ano discutindo a reforma política: o governo eleito tem muita força no primeiro mês de mandato e tem de aproveitar para, nas primeiras semanas, fazer a reforma política", defendeu o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, na reunião do conselho no Palácio do Planalto.

"O governo tem de aproveitar o período de graça, de início de mandato, para promover as reformas" concorda o presidente em exercício da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Carlos Eduardo Moreira Ferreira, que lançou ontem o documento "Crescimento: A Visão da Indústria" com as propostas das principais associações de classe do setor privado para os candidatos à Presidência. Moreira Ferreira criticou o que considera falta de uma agenda, dos candidatos na campanha presidencial, para os primeiros momentos de mandato.

"Ficamos na discussão menor, tratando de escândalos, e o Congresso está parado por causa das medidas provisórias", insistiu o presidente da CNI. "Não podemos ficar só conversando de CPI, de prisões e operações da Polícia Federal", disse. "Onde está a verdadeira operação do crescimento econômico?"

Apesar das críticas de Skaf, para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que participou do jantar com os empresários e o presidente, todos os participantes da reunião concordaram com a necessidade urgente da reforma política, prioridade para a equipe de Lula - que a considera fundamental para garantir apoio no Congresso para medidas de reforma mais profundas.

A discussão sobre a reforma política foi, aliás, levantada durante o jantar por um empresário, Jorge Gerdau, segundo relatou Mantega. "Por incrível que pareça, a questão central colocada no jantar foi a questão da reforma política", garantiu. Essas reformas, com medidas para dar maior solidez aos partidos e combater o fisiologismo, seriam um "abre-alas" para outras reformas, acredita o ministro. "A reforma política abre caminho para que outras reformas possam ser feitas, sem caráter corporativo, a partir de interesses específicos", defendeu Mantega. "O importante é que se consolida a idéia de uma reforma que possa trazer oxigênio para a política brasileira."

Lula, segundo os empresários, comportou-se como quem acredita que já está reeleito, mas falou muitas vezes em "segundo turno" das eleições, revelou Gerdau.

No jantar, os empresários endossaram apenas em parte o clima de otimismo do governo, que garantiu estarem lançadas as bases do crescimento na economia brasileira. Para Roger Agnelli, o país tem condições de crescer a taxas de 5% anuais, mas precisa adotar medidas que diminuam os custos sobre as empresas e o investimento. Mantega reconheceu que os empresários pressionaram o governo para remover rapidamente o que consideram obstáculos ao crescimento da economia, como os altos tributos, a burocracia e as deficiências de infra-estrutura. "Várias pessoas concordaram que hoje o Brasil reúne as condições para que o país dê um salto, mas há obstáculos que têm de ser transpostos", admitiu o ministro.

Emílio Odebrecht, do grupo Odebrecht, cobrou do governo uma reforma do Estado, para reduzir a burocracia e dar mais eficiência ao governo. A maior parte dos empresários queixou-se da excessiva valorização do real em relação ao dólar e da necessidade de reduzir impostos sobre investimentos, especialmente nos gastos destinados às instalações físicas da indústria e compra de equipamentos.

Os empresários ilustraram algumas das queixas com os problemas enfrentados pela Volkswagen, que pretende demitir parte de seus funcionários e fechar linhas de produção devido à perda de competitividade em relação a subsidiárias da multinacional em outros países. Mantega prometeu estudar o pedido de Rogélio Golfarb, presidente da Anfavea, a associação do setor, para reduzir a tributação sobre as vendas que excederem os níveis atuais.

"Temos o problema do câmbio, mas ele também é conseqüência dessa solidificação do país: o país fica mais sólido, mais forte, menos vulnerável", comentou Mantega. "Temos de como pensar isso de outra maneira, reduzindo custo financeiro, custo tributário e de infra-estrutura."

Ao anunciar a agenda da CNI, que resume a avaliação dos empresários e a agenda de medidas apontadas como necessárias para garantir o crescimento sustentado, Moreira Ferreira comentou que, "infelizmente", a agenda de medidas prioritárias ainda está vinculada à redução do chamado "Custo Brasil". Além disso, segundo Moreira, é fundamental que o próximo governo estabeleça as regras (o chamado marco regulatório) para atividade privada em setores nos quais o país é competitivo, como a biotecnologia e saneamento, para permitir o investimento privado. "A inação nessa área tem um custo, o país deixa de se desenvolver", comentou o diretor-executivo da CNI, José Augusto Fernandes.

quinta-feira, agosto 24

Google oficializa serviço de buscas de livros no Brasil

Google oficializa serviço de buscas de livros no Brasil
Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now!
Publicada em 23 de agosto de 2006 às 16h33
Atualizada em 23 de agosto de 2006 às 23h56
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São Paulo - Sem revelar bibliotecas pretendidas, número de obras envolvidas e investimento planejado, Google lança Pesquisa de Livros no Brasil.

O Google inaugurou nesta quarta-feira (23/08) a interface em português do Google Book Search, seu serviço de buscas em livros.

Introduzido um ano e meio após começar a funcionar nos Estados Unidos, o Google Pesquisa de Livros chega ao país envolto no mistério feito pelo buscador quanto ao serviço.

Em encontro com a imprensa nesta quarta-feira (23/08), Marco Marinucci, diretor de desenvolvimento de parcerias estratégicas, afirmou ser "difícil fazer as contas de quantos livros estão em português" e alegou que o buscador tem interesse em bibliotecas nacionais, sem mencionar o nome delas.

Segundo Marinucci, o Google Pesquisa de livros obedecerá ao mesmo modelo empregado nos EUA, em que livros são fornecidos para digitalização após acordo com editoras, com número restrito de páginas reproduzidas e link para a loja online das empresas.

A lista de editoras divulgada pelo Google que participam publicamente do projeto conta com nomes já conhecidos, como Senac, e empresas ainda não anunciadas, como Grupo Planeta, BoiTempo e Grupo Oceano.

No futuro, o serviço deverá contar com atualizações de interface já planejadas para o Books Search, como a integração com o Google Maps para que o usuário encontre livrarias convencionais que vendam a obra.

A inauguração da Pesquisa de Livros não significa, necessariamente, que usuários conseguirão encontrar obras brasileiras apenas a partir desta semana - mesmo quando o serviço contava apenas com interfaces em outras línguas, já era possível encontrar livros online de autores brasileiros, como Machado de Assis.

Em abril, o presidente da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré, afirmou que o buscador fez uma proposta informal de 10 milhões de dólares para a digitalização do acervo do órgão, maior da América Latina e sétimo do mundo.

No sentido contrário, o Google esclarece que nunca ofereceu fundos para quaisquer bibliotecas, mas "se oferece em ajudá-las na digitalização de seus trabalhos".

O projeto Book Search, do Google, prentede digitalizar livros de diversas editoras mundiais para que usuários buscam conteúdo interno por seu sistema de buscas, o que motivou amplas críticas de defensores de direitos autorais.

Sebrae lança Planejador de Marketing para PE.

Sebrae lança Planejador de Marketing para PE.


Fonte : Agência Sebrae de Notícias


A maior competitividade de uma empresa está diretamente ligada às suas estratégias de posicionamento no mercado. Dentre elas, o marketing contribui para consolidar o relacionamento com clientes e consumidores, além de programar ações para cada produto, estabelecer preços, focos de distribuição e comunicação com o mercado. Para auxiliar de maneira prática e com baixo custo o plano de marketing de micro, pequenas e médias empresas, o Sebrae no Paraná desenvolveu o Planejador de Marketing, uma ferramenta on-line que analisa o negócio e define as estratégias e ações para crescer no segmento.

'O empresário de pequena empresa muitas vezes tem dificuldades para tratar o plano de marketing com a importância que ele merece, porque ele geralmente está envolvido com todos os processos da empresa. A ferramenta que estamos lançando, o Planejador de Marketing, vem facilitar esse processo sem que ele tenha que gastar muito tempo e investimento', analisa Elmo Silveira, consultor do Sebrae no Paraná.

Silveira destaca que o marketing é um ponto fundamental na empresa, tendo em vista que é ele que projeta todo o posicionamento no mercado, que engloba o processo produtivo, a qualidade, o preço competitivo e a visão sobre a demanda e anseios dos clientes.

Atualmente, no Sebrae, além dos cursos em todo o Estado que orientam os empresários para a importância do marketing, o empresário pode contar com o Planejador de Marketing, que tem como diferencial, o acesso on-line. A linguagem foi adaptada para a realidade das pequenas empresas e há um suporte on-line, que é a assessoria de consultores especializados em marketing.

O empresário elabora seu plano de ação passo a passo fazendo uma análise interna e externa de sua própria empresa, tendo em vista quesitos como abrangência de atuação, localização, tamanho do mercado, impacto da tecnologia, oportunidades e ameaças. Em seguida, o empresário destaca seus objetivos financeiros, de vendas e estratégias para atingi-los tendo como referência o produto, diferencial e posicionamento.

Somente na última etapa, com base em todo esse cenário da empresa, o empresário irá traçar o plano de ação que pode ser colocado em prática no próximo período. 'O planejador, mais do que planificar as ações de posicionamento, estimula o empresário a fazer uma avaliação do próprio negócio, do seu mercado de atuação e o incentiva a desenvolver planos em outras áreas, o que facilita o estabelecimento de metas e prioridades e potencializa resultados', destaca o consultor Elmo Silveira.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias no Paraná (http://asn.sebraepr.com.br)

Evento discute papel das incubadoras

Evento discute papel das incubadoras no desenvolvimento


Fonte : Agência Sebrae de Notícias


As formas de utilizar o conhecimento das incubadoras de empresas de base tecnológica e a competitividade dos empreendimentos inovadores incubados como estratégia de desenvolvimento local serão discutidas no 'XVI Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas'. O evento iniciou ontem, dia 21 e prossegue até a sexta (25), em Salvador (BA). A abertura oficial do seminário será às 18h30 da terça-feira (22).

Promovido anualmente pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec) e pelo Sebrae, o evento deste ano terá como tema central 'Redes Institucionais: promovendo o Empreendedorismo Inovador'.
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, César Rech, participa da abertura oficial e vai presidir sessão plenária no segundo dia do evento. Além dele, também participam do evento os gerentes das Unidades de Atendimento Individual, Enio Pinto, e de Acesso à Inovação e Tecnologia, Paulo Alvim.

De acordo com Paulo Alvim, a proposta do seminário é discutir formas de inserir as incubadoras dentro de uma estratégia de desenvolvimento local, levando o conhecimento desses ambientes para empresas de base tradicional inseridas. 'As incubadoras são ambientes onde o conhecimento tecnológico é acumulado e o desafio é transbordar esse conhecimento para o desenvolvimento de locais onde há forte concentração de pequenos negócios, como os Arranjos Produtivos Locais'.

O diretor da Anprotec, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFA) e coordenador do evento, Josealdo Tonholo, avalia que, por serem mais inovadores e por isso competitivos, os empreendimentos de base tecnológica podem contribuir para o desenvolvimento de setores tradicionais da economia. 'O seminário servirá para discutir caminhos e formas de contaminar esses setores mais tradicionais com a competitividade dos empreendimentos de base tecnológica que, pelo componente inovação, tendem a ser mais competitivos e dinâmicos', assinala.

Tonholo ressalta que, nesse ponto, o Sebrae terá um papel fundamental, já que a Instituição atua no apoio a pequenas empresas inseridas em Arranjos Produtivos Locais espalhados por todo o País. 'O Sebrae pode facilitar esse intercâmbio entre os empreendimentos inovadores e as empresas mais tradicionais inseridas em arranjos produtivos, que são locais onde já existe uma governança em torno do desenvolvimento sustentável', diz.

Workshop

Paralelamente ao 'XVI Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas', será realizado o ‘XIV Workshop Anprotec’, na segunda e terça-feira (21 e 22), também em Salvador. Serão promovidos nove minicursos com o objetivo de capacitar empreendedores e gestores de incubadoras para superar desafios e obter conhecimento sobre as melhores práticas adotadas no movimento de incubadoras.

A captação de recursos para incubadoras e empreendimentos inovadores também será debatida. Além disso, a pauta inclui temas como educação empreendedora, planejamento e implantação de incubadoras, acompanhamento, avaliação e graduação de empresas, propriedade intelectual, governança de redes, meio ambiente e urbanismo, planejamento e gestão de incubadoras de tecnologia social e modelo de negócios na área cultural.

Durante o seminário a Anprotec divulgará sua pesquisa anual sobre o panorama dos parques tecnológicos e incubadoras de empresas no Brasil. No ano passado, a pesquisa identificou que, no Brasil, existiam 2.327 empresas incubadas dentro das 297 incubadoras em operação no País.

Serviço:
Anprotec – (61) 3202-1555
Agência Sebrae de Notícias – (61) 3348-7494

segunda-feira, agosto 21

São José ganha 500 vagas em faculdades

São José ganha 500 vagas em faculdades


Fonte : Valeparaibano


Nos próximos dois anos, São José dos Campos será palco de um 'boom' no setor educacional, especialmente na área de ensino superior. Estão previstos investimentos de R$ 6,2 milhões na abertura de novos cursos, expansão de escolas e instalação de faculdades.

Só levando em conta projetos de ampliação, a cidade deve ganhar mais de 500 novas vagas nas faculdades nos dois próximos anos, em cursos como contabilidade, pedagogia, letras, marketing, economia, informática, engenharia espacial, manutenção e manufatura de sistemas aeronáuticos.

A maior parte dos recursos virá da iniciativa privada, que concentra a maioria das opções de ensino superior em São José, mas há novidades também no setor público.

Atualmente, conforme dados da Fundação Seade, há mais de 20 mil pessoas cursando ensino superior em São José. Entre 1995 e 2003, o número de alunos na faculdade cresceu 176% na cidade, passando de 6.498 para 17.936 estudantes, respectivamente.

NOVA ESCOLA - Com 11 unidades de ensino no Estado, a Anhanguera Educacional pretende inaugurar faculdade em São José em meados do próximo ano. Para tanto, investe R$ 5 milhões na construção do prédio e aguarda credenciamento e autorização do MEC (Ministério da Educação) para definir os cursos e o número de vagas.

'A unidade de São José terá mais de 8.000 metros quadrados de área construída e infra-estrutura completa, inclusive com laboratórios, bibliotecas e auditórios', afirma Alex Carbonari, diretor de desenvolvimento da Anhanguera.

NEGÓCIOS - Carlos Eduardo De Grande, diretor da Inea Faculdades, cuja sede fica no Jardim Aquarius, região oeste de São José, prevê a abertura de três novos cursos no próximo ano --contabilidade, pedagogia e letras-- e a chance de ampliar em 150 o número de vagas na faculdade, que já tem o curso de administração.

Voltada para a área de negócios, a Inea Faculdades pretende investir em torno de R$ 500 mil na ampliação do prédio. O valor faz parte do pacote de expansão implantado em 2002. Até 2004, segundo De Grande, já foi gasto R$ 1 milhão em São José.

'A cidade está virando um grande pólo educacional do interior. Creio que o desenvolvimento da indústria e do setor de serviços provocarão um crescimento ainda maior das vagas para ensino superior', disse.

EXPANSÃO - Na Faculdade de Tecnologia Expoente, a Fatec Expoente, o curso de mecatrônica industrial vai ser reforçado com dois cursos técnicos e dois superiores até 2008, em um investimento de R$ 200 mil.

Para Heber Oliveira, coordenador administrativo, a expansão do ensino superior em São José precisa acompanhar o crescimento da cidade.

Investindo R$ 500 mil em infra-estrutura nos últimos anos, o INPG (Instituto Nacional de Pós-Graduação) de São José planeja gastar valor idêntico para abrir três novos cursos de graduação superior --contabilidade, marketing e economia.

Segundo a coordenadora administrativa, Arlete Goulart de Andrade, o processo já tramita no MEC e as vagas devem ser abertas em 2007.

QUALIFICAÇÃO - 'As faculdade terão um papel fundamental para o futuro de São José, que é o de qualificar os jovens para ingressar no mercado de trabalho na região, cada vez mais exigente', disse Arlete.

Na Faap (Fundação Armando Alvares Penteado), a gestora da unidade de São José informa que a faculdade pretende criar a pós-graduação em direito, já no segundo semestre deste ano, e cursos na área de humanas a partir de 2007, com ênfase em criatividade, talento e filosofia.

Cláudia Cury disse que a meta da Faap é 'antecipar a necessidade do mercado'.

FINEP investe R$ 40 milhões na promoção das engenharias

FINEP investe R$ 40 milhões na promoção das engenharias


Fonte : FINEP


A Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) vai investir R$ 40 milhões na interação entre faculdades de engenharia, setor empresarial e escolas do nível médio e técnico. Por meio de duas chamadas públicas, no valor de R$ 20 milhões cada, a empresa coloca em prática o Programa de Promoção e Valorização das Engenharias (Promove).

Uma das chamadas apoiará projetos que combinem atividades de divulgação das áreas de engenharia e aprimoramento contínuo de professores de ciências exatas e naturais do ensino médio. Já a outra, destina-se a universidades em consórcio com empresas, para a criação de Laboratórios da Inovação.

Dedicados a pesquisa e desenvolvimento de novas idéias, produtos, processos e serviços, os laboratórios serão espaços abertos à interação entre estudantes de graduação, pós-graduação, pesquisadores e técnicos da universidade e empresa.

A iniciativa é parte do Inova Engenharia, programa capitaneado pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL Nacional) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). A campanha, que conta com a parceria de 17 instituições do setor público e privado, pretende promover uma mobilização nacional em prol da modernização da educação na engenharia, atividade considerada essencial para a inovação tecnológica.

Confira o edital das chamadas pelo endereço:
http://www.finep.gov.br//imprensa/noticia.asp?cod_noticia=975

Compras com cartão de crédito crescem 24%

Compras com cartão de crédito crescem 24% em julho
 | 18.08.2006
Consumidores também estão usando mais os cartões de débito e de lojas

 
EXAME

Os consumidores gastaram 12,8 bilhões de reais em compras com cartão de crédito em julho, valor 24% superior ao verificado no mesmo mês de 2005, quando foram gastos 10,3 bilhões de reais, aponta levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões e Serviços (ABECS). "Os resultados do mês de julho confirmam nossas expectativas de que o mercado crescerá em ritmo acelerado durante todo o ano", afirma o diretor de marketing ABECS, Antonio Rios.

De acordo com a entidade, considerando as compras feitas com cartões de débito, de lojas (private label) e cartões de crédito de abrangência regional, o total gasto foi de 20,6 bilhões em junho. No período, foram realizadas 367 milhões de transações por meio de 362 milhões de cartões em circulação, o que representa crescimento de 20% em relação a 2005.

De acordo com Rios, os resultados indicam mudanças no comportamento do consumidor. "O brasileiro está começando a usar o débito efetivamente como forma de pagamento. Nos últimos 12 meses, o crescimento no volume de transações foi de 18%", afirma.

Em julho de 2005, existiam em circulação 160 milhões de cartões de débito. Hoje, são 181 milhões, 14% a mais que no ano passado. Os cartões de loja (private label) e de uso regional também conquistaram mercado, passando de 91 milhões em 2005 para 107 milhões este ano – aumento de 18%.

Ford cortará 21% da produção da América do Norte...

Ford cortará 21% da produção da América do Norte no 4º trimestre
 | 18.08.2006
Medida faz parte do plano de reorganização da companhia

 
EXAME

A Ford vai cortar a produção do quarto trimestre na América do Norte em 21%, ou 168 mil unidades, o que a forçará a fechar parcialmente fábricas nos Estados Unidos e no Canadá, segundo anúncio feito pela montadora nesta sexta-feira (18/8). A decisão foi explicada pelo presidente da companhia, Bill Ford, como parte de um esforço maior para acelerar a recuperação da companhia na América do Norte.

"Sabemos que esta decisão vai ter um impacto dramático sobre nossos funcionários e fornecedores. Mas é, no entanto, a atitude certa para nossos clientes, nossos revendedores e nosso futuro", afirmou o presidente.

Para todo o ano de 2006, a Ford planeja produzir 3,048 milhões de veículos nas unidades da América do Norte – 1,134 milhão de carros e 1,914 milhão de caminhões -, o que representaria uma queda de 9% frente a 2005.

De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, o presidente da montadora tem sido pressionado para cortar mais custos depois que a companhia teve prejuízo de 254 milhões de dólares no segundo trimestre do ano. Segundo fontes próximas à companhia, a Ford planeja fechar mais fábricas e cortar entre 10% e 30% dos custos com salários e benefícios de funcionários.

Se concretizada, a decisão seria um agravamento do plano de recuperação da companhia, que previa redução das despesas com salários de executivos nos Estados Unidos em 10% até o primeiro semestre de 2006, e o fechamento de 14 fábricas até 2012.

A Ford poderia cortar em até 30% os custos que possui com os funcionários de cargos administrativos, com reduções, principalmente, de bônus e benefícios, como pensões. A montadora também deve estimular demissões voluntárias antes de promover cortes na mão-de-obra. Hoje a companhia possui cerca de 35 mil funcionários nos Estados Unidos, depois de cortar mais de 15% de sua força de trabalho no país desde junho de 2005.

Outra forma de cortar custos encontrada pela companhia é o fechamento direto de fábricas. Ainda não se sabe quais unidades estão sendo consideradas, mas a Ford estuda formas de acelerar o já anunciado encerramento das operações de duas fábricas nos Estados Unidos e uma no Canadá.

A diretoria da Ford deve se reunir em 14 de setembro para reavaliar os planos de reestruturação, e a expectativa é de que a decisão final seja divulgada uma semana depois. A montadora também deve anunciar, nessa mesma época, o lançamento de novos produtos, para acalmar os ânimos de investidores

China eleva juros para conter crescimento econômico

China eleva juros para conter crescimento econômico
 | 18.08.2006
Decisão surpreende analistas, que esperavam que o governo chinês fosse aguardar os resultados das medidas anunciadas anteriormente para esfriar a economia

 
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O Banco Popular da China elevou nesta sexta-feira (18/8) os juros para depósitos e empréstimos de um ano em 0,27 ponto percentual. Essa é a segunda vez em menos de cinco meses que o governo chinês sobe os juros na tentativa de conter o rápido crescimento do crédito e o excesso de investimentos em alguns setores chaves da economia.

Com a medida, a taxa para depósitos passa de 2,25% para 2,52% e a de empréstimos de 5,85% para 6,12%.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, o anúncio pegou de surpresa alguns analistas, que esperavam que o governo chinês fosse observar os efeitos das recentes medidas adotas para esfriar a economia antes de mexer nos juros.

Em abril, quando o banco central da China elevou pela primeira vez os juros, o reajuste foi aplicado apenas às operações de crédito. Para os especialistas, a decisão de estender o aumento à taxa de depósitos pode indicar que o governo quer impedir que as companhias reinvistam os lucros obtidos no primeiro semestre.

Metalúrgicos vão parar por aumento salarial

Metalúrgicos vão parar por aumento salarial
Agencia Estado

Metalúrgicos de São Paulo dos setores de máquinas, bens de capital e eletroeletrônicos podem entrar em greve nesta semana. O setor emprega cerca de 65 mil trabalhadores que reivindicam no mínimo 2% de aumento real de salários, além do repasse da inflação dos últimos 12 meses. As empresas ofereceram 1,4%.

Com o impasse, a Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT vai protocolar aviso de greve na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na segunda-feira. "Daremos prazo de 48 horas para as empresas se manifestarem; se isso não ocorrer, os trabalhadores podem começar a parar na quarta-feira", diz o presidente da Federação, Adi dos Santos Lima.

Segundo ele, os metalúrgicos das empresas classificadas na Fiesp como Grupo 9 não vão aceitar índice inferior a 2%, já negociado com o setor de autopeças e de fundição desde o ano
passado. No Grupo 9 estão companhias como Prensas Schuller, Villares e Thyssen. Representantes da Fiesp não foram localizados para comentar a possível paralisação.

A ameaça de greve foi feita na sexta-feira, mesmo dia em que a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical
anunciaram que vão unir todas as categorias representadas por cada uma delas em campanhas conjuntas. A CUT lançou a Campanha Salarial Unificada dos Trabalhadores, envolvendo todas as categorias ligadas à central no Brasil inteiro. A Força Sindical realiza reunião no dia 28 para unificar as campanhas do segundo semestre em São Paulo, segundo informou o presidente da entidade, João Carlos Gonçalves.

Na semana passada, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) divulgou estudo mostrando que, no primeiro semestre, 81,9% das categorias que fizeram acordos coletivos conseguiram aumento real de salários, embora para a maioria (35,4%) os índices tenham variado de 0,01% a 1%. Outros 25,5% conseguiram índices de 1,01% a 2%. Um terceiro grupo, de 13,7% das categorias, obteve aumentos de 2 01% a 3%. Só 0,7% das categorias conseguiram mais de 5%.

"As empresas do Grupo 9 tiveram bom desempenho e não há justificativa para oferecerem apenas 1,4% de aumento real, além de 2,87% referente à inflação do período", diz Lima.

Metodista recebe inscrições para cursos a distância

Metodista recebe inscrições para cursos a distância envie esta matéria por e-mail

Das Agências

A Universidade Metodista de São Paulo recebe até o dia 4 de setembro as inscrições para os cursos de Pós-Graduação Lato Sensu (especialização) a distância no segundo semestre de 2006.

Os Cursos oferecidos são os de Comunicação Empresarial, Gestão de Políticas Públicas Participativas para as Cidades, Docência em Ensino Superior e Bíblia: Tradição Profética (com inscrições até 31 de agosto). Os interessados devem se inscrever pelo site www.metodista.br.

Para atender a demanda do interior do Estado, a Universidade construiu nove pólos regionais de apoio presencial nas cidades de Itapeva, Bertioga, Mauá, Guaratinguetá, Araras, São José dos Campos, Perus, Guaianazes e Presidente Prudente.

Os alunos precisam comparecer ao pólo a cada quinze dias. No restante do mês, o curso será desenvolvido em ambiente virtual, com interação entre professor e estudante.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4366-5600

quinta-feira, agosto 17

Guia Prático para adesão ao REFIS 3

Guia Prático para adesão ao REFIS 3
 Saiba como proceder para regularizar sua situação junto à Receita Federal, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e ao Inss


1) O que pode ser parcelado pelo Refis 3?

Os débitos com a Receita Federal, a Procuradoria da Fazenda Nacional e INSS, vencidos até 28 de fevereiro de 2003.
Os principais tributos que podem ser parcelados são:

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica/IRPJ;
PIS;
Cofins;
Contribuição patronal sobre a folha de pagamentos;
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido/CSLL;
Imposto sobre Produtos Industrializados/IPI;
Imposto de Importação;
Imposto de Exportação;
Simples Federal, dentre outros.

Nesse escopo, poderão ser alvo do parcelamento os débitos:

declarados ou não;
inscritos ou não em Dívida Ativa;
discutidos em processo judicial;
parcelados sob quaisquer modalidades, ainda que cancelado por falta de pagamento;
os que estão com pagamento suspenso por motivo judicial.
Além dos tributos em si, as multas e juros também poderão ser parcelados.

2) Quem pode pedir o parcelamento?
Todas as pessoas jurídicas (empresas e entidades sem fins lucrativos) com débitos junto à Receita Federal, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e INSS.

3) Qual é o prazo de pagamento?
O prazo máximo é de 130 meses.

4) Como será calculada a parcela para as empresas?
As empresas em geral terão como base para cálculo da parcela 1/130 do total do débito, não podendo o valor ser inferior a R$ 2000,00. O valor de cada parcela será acrescido da variação mensal TJLP, a partir de outubro de 2006.

Até a disponibilização das informações sobre a consolidação dos débitos, por parte da Receita Federal e do INSS, o contribuinte deve pagar, a cada mês, prestação em valor não inferior ao estipulado acima e na também na próxima pergunta.

Mas atenção! Será calculada uma parcela para cada refinanciamento, ou seja, uma para o INSS e outra para a Secretaria da Receita Federal. Com isso, o contribuinte que estiver em débito com os dois órgãos, recolherá mensalmente 2 parcelas, de forma diferente, com vencimentos diferentes e com procedimento de solicitação diferente. Os valores mínimos correspondem a cada parcela.

5) As microempresas e empresas de pequeno porte terão algum tratamento diferenciado?
Sim. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES terão como base para cálculo da parcela 1/130 do total do débito, não podendo o valor ser inferior a R$ 200,00. Atenção: as empresas que são consideradas de micro ou pequeno porte pelo Estatuto das ME e EPP (Lei 9.841/99) e que não são optantes pelo Simples (como é o caso de grande parte dos prestadores de serviços de natureza intelectual, como os escritórios de advocacia, de contabilidade, consultórios médicos, dentre outros) não estão contempladas com esse tratamento diferenciado, devendo obedecer à parcela mínima das demais empresas.

6) Pessoas Físicas poderão aderir ao Refis 3? Não. Se as pessoas físicas com débitos tributários federais quiserem, poderão parcelar esse passivo em 60 meses, sem descontos, com parcela mínima de R$ 50,00, em parcelamento que já é usualmente disponibilizado pela Secretaria da Receita Federal e INSS.

7) Haverá redução de multas e juros?
Sim. Em duas situações:

se o contribuinte optar pelo pagamento em até 6 parcelas, será concedida redução de 80% da multa de mora (atraso) ou de ofício (punitiva, por infração). Nesse caso também será concedida redução de 30% nos juros de mora.
se o contribuinte optar pelo pagamento em mais de 6 parcelas (limitado às 130 permitidas), haverá apenas a redução de 50% da multa de mora ou de ofício. Nesse caso não há redução nos juros.

8) Retenções de INSS de empregados e de tributos sobre prestação de serviços podem ser parcelados?
Não. O Refis 3 não se aplica a débitos relativos a impostos e contribuições retidos na fonte ou descontados de terceiros e não recolhidos à Fazenda Nacional ou ao INSS, bem como a débitos relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

Esses débitos deverão ser pagos em 30 dias contados da data de opção.

Há que se perceber que esse não pagamento pode fazer com que os sócios sejam processados judicialmente por apropriação indébita, uma vez que se trata da retenção de recursos de terceiros.

9) O valor da parcela é o mesmo do Refis 3?
Não. Para esse parcelamento junto à Secretaria da Receita Federal as empresas terão como base para cálculo da parcela 1/120 do total do débito apurado após 28 de fevereiro de 2003, não podendo o valor ser inferior a R$ 200,00, por tributo devido. No caso do optante pelo Simples, uma parcela corresponde ao conjunto de tributos abrangidos por esse sistema de recolhimento, Junto ao INSS o parcelamento tem o valor mínimo da parcela estipulado em R$ 200,00.

Nesses casos não há tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte.

10) E os débitos vencidos após 28 de fevereiro de 2003? Não poderão ser parcelados de maneira nenhuma?
Sim, poderão. Para as dívidas apuradas entre março de 2003 a dezembro de 2005, é estabelecido outro parcelamento, com prazo máximo de 120 meses, com atualização pela Selic, sem redução de multa ou juros.

Ressalte-se que esse parcelamento pode ser cumulativo com o Refis 3, se for o caso e vale também para as empresas optantes pelo Simples.

Novamente atenção! Será calculada uma parcela para cada refinanciamento, ou seja, uma para o INSS e outra para a Secretaria da Receita Federal. Com isso, o contribuinte que estiver com débitos posteriores a fevereiro de 2003 com os dois órgãos, recolherá mensalmente 2 parcelas, de forma diferente, com vencimentos diferentes e procedimentos de solicitação diferentes.

Dessa forma, se o contribuinte tiver dívidas relativas a períodos anteriores a 28 de fevereiro de 2003 e também posteriores a essa data, junto à Receita Federal e ao INSS ele terá a possibilidade de fazer 4 parcelamentos independentes, para ficar em dia.

11) Até quando podem ser solicitados os parcelamentos?
Até 15 de setembro de 2006.

12) Se minha empresa já se inscreveu no Refis ou no PAES (Refis 2), posso aderir ao Refis 3?
Sim. Nesses casos há alguns aspectos a serem considerados:
se o parcelamento está em vigor, na maioria dos casos, não há porque se preocupar com o Refis 3, já que é o que oferece menores vantagens, comparativamente.
se houve a desistência ou a exclusão dos parcelamentos anteriores, o contribuinte poderá aderir ao Refis 3, sem problemas, inclusive com os débitos já alcançados pelos referidos parcelamentos.
se houver outros débitos anteriores a 28 de fevereiro de 2003, não incluídos em outros parcelamentos, e o contribuinte tiver aderido ao Refis ou ao PAES (Refis 2), ele poderá aderir ao Refis 3 cumulativamente com o outro parcelamento.
se houver debitos com vencimento posterior a 28 de fevereiro de 2003, a opção por qualquer parcelamento para esses débitos não exclui a possibilidade de exclusão do refis, no caso de tais débitos configurarem hipótese de exclusão.

Os débitos parcelados no Refis e no PAES poderão ser transferidos para o Refis 3, sob determinadas condições, mediante requerimento de desistência, firmado pelo representante legal da pessoa jurídica.

Se o contribuinte resolver quitar o débito em até 6 parcelas (ver pergunta 7), o optante pelo REFIS I ou PAES deverá desistir expressamente desses parcelamentos.

13) Como pedir o(s) parcelamento(s)?
O interessado deve procurar um profissional especializado para auxiIiá-lo no cálculo do débito e no pedido de parcelamento. O pedido de parcelamento para a Secretaria da Receita Federal deverá ser protocolado até o dia 15 de setembro de 2006, exclusivamente pela Internet, por meio do "Pedido de Parcelamento Excepcional - art. 1º - MP nº 303/2006" disponível nas páginas da SRF e da PGFN, nos seguintes endereços eletrônicos, respectivamente: www.receita.fazenda.gov.br e www.pgfn.fazenda.gov.br. Esse pedido só poderá ser feito a partir de 14 de agosto e a partir de 1º de setembro no caso de parcelamento em até 6 parcelas.

No caso do parcelamento em 120 meses, referentes a débitos posteriores a 28 de fevereiro de 2003, o pedido também deve ser feito exclusivamente pela Internet, por meio do "Pedido de Parcelamento Excepcional - art. 8º - MP nº 303/2006". Nesse caso o pedido também só poderá ser feito a partir de 14 de agosto.

Já os pedidos de parcelamento de débitos junto ao INSS são bem mais complicados. Deverão ser formulados e protocolados na Unidade de Atendimento da Receita Previdenciária (UARP) da sede da empresa junto com uma série de formulários, em duas vias, disponibilizados na página da Previdência Social na internet, no endereço www.mps.gov.br.

Além disso, serão exigidos, junto com os formulários, os seguintes documentos:

I - cópia do CNPJ;

II - documento identificando o representante legal da empresa, responsável pelo pedido;

III - declaração de inexistência de impugnação ou recurso que tenha por objeto a discussão de débitos incluídos no parcelamento;

IV - termo de desistência de impugnação ou recurso, devidamente protocolizado, se houver;

V - declaração de inexistência de impugnação, recurso ou embargo judicial que tenha por objeto a discussão de débitos incluídos neste parcelamento;

VI - termo de desistência de impugnação, recurso ou embargo judicial, que configure a renúncia do contribuinte à alegação do direito em que se funda a referida ação, devidamente protocolizado, referente a créditos incluídos no pedido;

VII - termo de desistência de ações judiciais em que solicita a reinclusão no Parcelamento Especial (PAES), se houver;

VIII - Autorização de Débito Parcelado em Conta (ADPC), abonada pelo banco.

14) Será exigida a apresentação de garantias?
Não, mas serão mantidas as garantias já existentes sobre débitos incluídos no parcelamento, oferecidas em outros parcelamentos.

15) Quais serão os juros incidentes?
No caso do parcelamento de 130 meses, até o cálculo oficial do débito, os juros serão os da taxa SELIC (Atualmente em 14,75% ao ano), como já ocorre usualmente. Após isso, cada parcela sofrerá o acréscimo de juros correspondentes à variação mensal da TJLP (Atualmente em 7,5% ao ano), a partir do mês seguinte até o mês do seu pagamento. Para os demais parcelamento prevalece a taxa SELIC.

16) Quais serão os vencimentos das parcelas e como elas deverão ser pagas?
No caso do parcelamento junto à Secretaria da Receita Federal, as prestações vencerão no último dia útil de cada mês, devendo a primeira ser paga no próprio mês da formalização do pedido.

O pagamento das prestações deverá ser efetuado mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), sob os seguintes códigos de receita:
I - 0830, para pessoa jurídica optante pelo Simples; e
II - 0842, para as demais pessoas jurídicas.

No caso do parcelamento junto à Previdência, as parcelas vencerão no dia 20 de cada mês.

Seu pagamento será efetuado mediante o sistema de débito automático em conta bancária, sendo que, para operacionalizar esse débito automático, o contribuinte deverá apresentar um documento chamado “Autorização de Débito Parcelado em Conta (ADPC)” devidamente assinado e abonado pela instituição bancária apta a efetuar a operação mencionada. Atenção: A não apresentação da ADPC devidamente assinada e abonada pela instituição bancária será motivo para indeferimento do pedido parcelamento.

Para pagamento após a data de vencimento da parcela, o contribuinte deverá solicitar a emissão de GPS, que terá o custo de R$ 4,00 (quatro reais).

17) Há hipóteses de exclusão e perda dos benefícios?
Sim, no caso de inadimplência por 2 meses consecutivos ou alternados, o que primeiro ocorrer, relativamente às prestações do parcelamento ou a qualquer tributo administrado pela Fazenda Nacional ou INSS, mesmo com vencimento após 28 de fevereiro de 2003. Essa exclusão se dará SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA.

Além disso, o contribuinte será excluído se:

deixou de pagar integralmente, nos trintas dias subseqüentes à adesão, os débitos relativos a contribuições patronais descontadas de empregados e não recolhidas, bem como de outros tributos retidos e não repassados;
tiver débitos para com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) inscritos em dívida ativa;
na existência de parcelamentos simultâneos, a exclusão ou a rescisão em qualquer um deles constitui hipótese de exclusão ou rescisão dos demais parcelamentos concedidos à pessoa jurídica, inclusive do REFIS 3;
o indeferimento ou exclusão do parcelamento referente ao INSS acarretará a exclusão do contribuinte no parcelamento dos tributos federais e vice-versa.

A exclusão do parcelamento faz com que todo o débito seja consolidado, com multas e juros integrais, podendo ser executado judicialmente a qualquer momento. Para os optantes pelo Simples, além dessa execução, a empresa poderá ser excluída do regime. Por isso é fundamental que, ao fazer os cálculos para adesão ao parcelamento, o empresário esteja bem ciente da nova responsabilidade e das penalidades que poderão advir da inadimplência.
18) Quais as conseqüências da exclusão?

exigibilidade imediata do pagamento da dívida total;
execução automática da garantia, se houver;
restabelecimento, em relação ao saldo não pago, dos acréscimos legais aplicáveis, com a desconsideração das reduções das multas e juros.

19) Os débitos que estiverem sendo discutidos administrativamente e na justiça podem entrar no parcelamento?
Sim, desde que o contribuinte desista expressamente de processos judiciais ou administrativos em que conteste cobranças tributárias. Recomenda-se expressamente a consulta ao advogado responsável pelo processo.

20) É sempre vantajoso aderir a esse parcelamento?
Na maioria dos casos, sim, uma vez que há redução de multas e juros e a empresa passa a estar regular com o Fisco federal. Mas o responsável pela empresa deve avaliar a capacidade de honrar os pagamentos, haja vista as penalidades impostas pela inadimplência. Também deve ser avaliada a situação da empresa junto a outros parcelamentos, para avaliação de uma possível migração desses débitos para o Refis 3.

Será restabelecida a regularidade fiscal federal e poderão ser obtidas certidões negativas, o que possibilita participação em licitações, pleitos de financiamentos e empréstimos, dentre outras vantagens.


o indeferimento ou exclusão do parcelamento referente ao INSS acarretará a exclusão do contribuinte no parcelamento dos tributos federais e vice-versa.

A exclusão do parcelamento faz com que todo o débito seja consolidado, com multas e juros integrais, podendo ser executado judicialmente a qualquer momento. Para os optantes pelo Simples, além dessa execução, a empresa poderá ser excluída do regime. Por isso é fundamental que, ao fazer os cálculos para adesão ao parcelamento, o empresário esteja bem ciente da nova responsabilidade e das penalidades que poderão advir da inadimplência.

21) Posso desistir do parcelamento, depois que fizer a adesão?
Não. A opção pelo parcelamento importa confissão de dívida irrevogável e irretratável da totalidade dos débitos existentes em nome da pessoa jurídica. A aceitação se torna plena e irretratável.

22) Onde o contribuinte pode procurar ajuda para obter mais informações?

Contabilista da empresa;
Advogado especialista;
Instituições de representação e apoio como Associações, Federações, Sindicatos, dentre outros;
Os postos de atendimento Sebrae;
Site da Secretaria da Receita Federal WWW.RECEITA.FAZENDA.GOV.BR;
Site do INSS WWW.INSS.GOV.BR

23) Qual é a legislação do parcelamento das dívidas?
Várias melhorias no Refis 3 já estão sendo negociadas no Congresso Nacional. Mantenha-se informado sobre possíveis mudanças no site do Sebrae Nacional, da Fenacon, ou da Receita Federal e INSS. Caso haja melhorias no parcelamento e algumas empresas já tenham feito a adesão, com certeza elas também poderão usufruir dessas melhorias, retroativamente.

Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006
Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 002, de 20 de julho de 2006
Instrução Normativa SRF nº 663, de 21 de julho de 2006
Instrução Normativa MPS/SRP nº 13, de 21 de julho 2006

Várias melhorias no Refis 3 já estão sendo negociadas no Congresso Nacional. Mantenha-se informado sobre possíveis mudanças no site do Sebrae Nacional, da Fenacon, ou da Receita Federal e INSS. Caso haja melhorias no parcelamento e algumas empresas já tenham feito a adesão, com certeza elas também poderão usufruir dessas melhorias, retroativamente.

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS!!

CUIDADO COM OS BURROS MOTIVADOS!!

A revista Isto é publicou esta entrevista de Camilo Vannuchi. O entrevistado
é Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração
de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome
nacional e internacional.

"Cuidado com os burros motivados"

Em "Heróis de Verdade", o escritor combate a supervalorização das
aparências, diz que falta ao Brasil competência, e não auto-estima.

ISTOÉ -- Quem são os heróis de verdade?

Roberto Shinyashiki -- Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de
sucesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado,
viaja r de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo.
Isso é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de
funcionários que não chegaram a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas
como uma multidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria
se convence de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a
casa maravilhosa. Para mim, é importante que o filho da

moça que trabalha na minha casa possa se orgulhar da mãe. O mundo precisa de
pessoas mais simples e transparentes. Heróis de verdade são aqueles que
trabalham para realizar seus projetos de vida, e não para impressionar os
outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.



ISTOÉ -- O sr. citaria exemplos?

Shinyashiki -- Quando eu nasci, minha mãe era empregada doméstica e meu
pai, órfão aos sete anos,empregado em uma farmácia. Morávamos em um bairro
miserável em São Vicente (SP) chamado Vila Margarida.

Eles são meus heróis. Conseguiram criar seus quatro filhos, que hoje estão
bem. Acho lindo quando o Cafu põe uma camisa em que está escrito "100%
Jardim Irene". É pena que a maior parte das pessoas esconda suas raízes. O
resultado é um mundo vítima da depressão, doença que acomete hoje 10% da
população americana. Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais
suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata? Parte da culpa está
na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o
marido,mantém o casamento, ou o homem que passa décadas em um emprego que
não o faz se sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.



ISTOÉ -- Qual o resultado disso?

Shinyashiki -- Paranóia e depressão cada vez mais precoces. O pai quer
preparar o filho para o futuro e mete o menino em aulas de inglês,
informática e mandarim. Aos nove ou dez anos a depressão aparece. A única
coisa que prepara uma criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a
desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a
infância dos filhos. Essas crianças serão adultos inseguros e terão
discursos hipócritas. Aliás, a hipocrisia já predomina no mundo corporativo.



ISTOÉ - Por quê?

Shinyashiki -- O mundo corporativo virou um mundo de faz-de-conta, a começar
pelo processo de recrutamento. É contratado o sujeito com mais marketing
pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência.
Sou presidente da Editora Gente e entrevistei uma moça que respondia todas
as minhas perguntas com uma ou duas palavras. Disse que ela não parecia
demonstrar interesse. Ela me respondeu estar muito interessada, mas, como
falava pouco, pediu que eu pesasse o desempenho dela, e não a conversa. Até
porque ela era candidata a um emprego na contabilidade, e não de relações
públicas. Contratei-a na hora.

Num processo clássico de seleção, ela não passaria da primeira etapa.



ISTOÉ -- Há um script estabelecido?

Shinyashiki -- Sim. Quer ver uma pergunta estúpida feita por um Presidente
de multinacional no programa O aprendiz? "Qual é seu defeito?"

Todos respondem que o defeito é não pensar na vida pessoal: "Eu mergulho de
cabeça na empresa. Preciso aprender a relaxar". É exatamente o que o Chefe
quer escutar. Por que você acha que nunca alguém respondeu ser organizado ou
esquecido? É contratado quem é bom em conversar, em fingir. Da mesma forma,
na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder. O
vice-presidente de uma as maiores empresas do planeta me disse:

"Sabe, Roberto, ninguém chega à vice-presidência sem mentir". Isso significa
que quem fala a verdade não chega a diretor?



ISTOÉ -- Temos um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas?

Shinyashiki -- Ele cria pessoas arrogantes, que não têm a humildade de se
preparar, que não têm capacidade de ler um livro até o fim e não se
preocupam com o conhecimento. Muitas equipes precisam de motivação, mas o
maior problema no Brasil é competência. Cuidado com os burros motivados. Há
muita gente motivada fazendo besteira. Não adianta você assumir uma função
para a qual não está preparado. Fui cirurgião e me orgulho de nunca um
paciente ter morrido na minha mão. Mas tenho a humildade de reconhecer que
isso nunca aconteceu graças a meus chefes, que foram sábios em não me dar um
caso para o qual eu não estava preparado.

Hoje, o garoto sai da faculdade achando que sabe fazer uma neurocirurgia. O
Brasil se tornou incompetente e não acordou para isso.



ISTOÉ -- Está sobrando auto-estima?

Shinyashiki -- Falta às pessoas a verdadeira auto-estima. Se eu preciso que
os outros digam que sou o melhor, minha auto-estima está baixa. Antes, o ter
conseguia substituir o ser. O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para
conquistar o respeito do garçom. Hoje, como as pessoas não conseguem nem ser
nem ter, o objetivo de vida se tornou parecer. As pessoas parecem que sabem,
parece que fazem, parece que acreditam. E poucos são humildes para
confessar que não sabem. Há muitas mulheres solitárias no Brasil que
preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa, fazem
pose de que está tudo bem.



ISTOÉ -- Por que nos deixamos levar por essa necessidade de sermos perfeitos
em tudo e de valorizar a aparência?

Shinyashiki -- Isso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando
os heróis. Quem vai salvar o Brasil? O Lula. Quem vai salvar o time? O
técnico. Quem vai salvar meu casamento? O terapeuta. O problema é que eles
não vão salvar nada! Tive um professor de filosofia que dizia:

"Quando você quiser entender a essência do ser humano, imagine a rainha
Elizabeth com uma crise de diarréia durante um jantar no Palácio de
Buckingham". Pode parecer incrível, mas a rainha Elizabeth também tem
diarréia. Ela certamente já teve dor de dente, já chorou de tristeza, já fez
coisas que não deram certo. A gente tem de parar de procurar uper-heróis.
Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um
fracassado.



ISTOÉ -- O conceito muda quando a expectativa não se comprova?

Shinyashiki -- Exatamente. A gente não é super-herói nem superfracassado. A
gente acerta, erra, tem dias de alegria e dias de tristeza. Não há nada de
errado nisso. Hoje, as pessoas estão questionando o Lula em parte porque
acreditavam que ele fosse mudar suas vidas e se decepcionaram. A crise será
positiva se elas entenderem que a responsabilidade pela própria vida é
delas.



ISTOÉ -- Muitas pessoas acham que é fácil para o Roberto Shinyashiki dizer
essas coisas, já que ele é bem-sucedido. O senhor tem defeitos?

Shinyashiki -- Tenho minhas angústias e inseguranças. Mas aceitá-las faz
minha vida fluir mais facilmente. Há várias coisas que eu queria e não
consegui. Jogar na Seleção Brasileira, tocar nos Beatles (risos). Meu filho
mais velho nasceu com uma doença cerebral e hoje tem 25 anos. Com uma
criança especial, eu aprendi que ou eu a amo do jeito que ela é ou vou
massacrá-la o resto da vida para ser o filho que eu gostaria que fosse.
Quando olho para trás, vejo que 60% das coisas que fiz deram certo. O resto
foram apostas e erros. Dia desses apostei na edição de um livro que não deu
certo. Um amigão me perguntou: "Quem decidiu publicar esse livro?" Eu
respondi que tinha sido eu. O erro foi meu. Não preciso mentir.



ISTOÉ - Como as pessoas podem se livrar dessa tirania da aparência?

Shinyashiki -- O primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas
cederem a essa tirania e tentar evitá-las. São três fraquezas. A primeira é
precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é
buscar segurança. Os Beatles foram recusados por gravadoras e nem por isso
desistiram. Hoje, o erro das escolas de música é definir o estilo do aluno.
Elas ensinam a tocar como o Steve Vai, o B. B. King ou o Keith Richards. Os
MBAs têm o mesmo problema: ensinam os alunos a serem covers do Bill Gates. O
que as escolas deveriam fazer é ajudar o aluno a desenvolver suas próprias
potencialidades.



ISTOÉ -- Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus?

Shinyashiki -- A sociedade quer definir o que é certo. São quatro loucuras
da sociedade. A primeira é instituir que todos têm de ter sucesso, como se
ele não tivesse significados individuais. A segunda loucura é: Você tem de
estar feliz todos os dias. A terceira é: Você tem que comprar tudo o que
puder. O resultado é esse consumismo absurdo. Por fim, a quarta loucura:
Você tem de fazer as coisas do jeito certo. Jeito certo não existe. Não há
um caminho único para se fazer as coisas. As metas são interessantes para o
sucesso, mas não para a felicidade. Felicidade não é uma meta, mas um estado
de espírito. Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar,
enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento. Você
pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com amigos
verdadeiros, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
Quando era recém-formado em São Paulo, trabalhei em um hospital de pacientes
terminais. Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu sempre procurei
conversar com eles na hora da morte. A maior parte pega o médico pela camisa
e diz: "Doutor, não me deixe morrer. Eu me sacrifiquei a vida inteira, agora
eu quero aproveitá-la e ser feliz". Eu sentia uma dor enorme por não poder
fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas.
Ninguém na hora da morte diz se arrepender por não ter aplicado o dinheiro
em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias
oportunidades para aproveitar a vida.

Vendas do comércio varejista caem 0,38% em junho...

Vendas do comércio varejista caem 0,38% em junho
As vendas do comércio varejista do país registraram queda de 0,38% em junho, frente a maio, na série com ajuste sazonal. Já a receita recuou 0,25%. Segundo o IBGE, a Copa do Mundo foi determinante para o resultado negativo, após três meses de crescimento. A queda mais expressiva foi observada no setor de móveis e eletrodomésticos. No primeiro semestre, o varejo acumula alta de 5,68% nas vendas e, em 12 meses, de 5,34%.

Saiba como funciona a nota fiscal eletrônica

Saiba como funciona a nota fiscal eletrônica
Por Daniela Moreira, repórter do IDG Now!
Publicada em 16 de agosto de 2006 às 08h00
E-mail | Imprima | Erros? | a a a

São Paulo - Sistema testado por 19 empresas, como Eletropaulo e Eurofarma, proporciona agilidade, economia de custos e confiabilidade. Saiba como.

Nota_Fiscal_correta_88x66Em uma iniciativa comemorada pelo setor empresarial, o Brasil vem testando desde abril deste ano a emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e). O objetivo é substituir a nota fiscal em papel, simplificando as obrigações dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco.

“Além de oferecer maior visibilidade do processo às partes envolvidas, o projeto permite reduzir os custos das empresas com papel, agilizar o processo e reduzir fraudes”, define Donizetti Victor Rodrigues, coordenador de tecnologia da informação da Receita Federal.

Na primeira fase do projeto, que estreou em abril, 19 empresas começaram emitir notas fiscais eletrônicas, autorizadas por seis Secretarias de Fazenda (Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Maranhão). Até o mês de agosto, as empresas mantiveram a emissão simultânea no modelo eletrônico e físico. A partir de setembro cinco empresas - Wickbold, Souza Cruz, Volkswagen, Telefônica e Eletropaulo - começam a emitir apenas a NF-e.

Na prática, a empresa emissora de nota fiscal eletrônica gera um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial (no formato XML), que deve ser assinado digitalmente, garantindo a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico é então transmitido via internet à Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte, que fará uma pré-validação e devolverá um protocolo de recebimento à empresa, sem o qual a mercadoria não pode ser transportada.

O documento eletrônico também será transmitido à Receita Federal, que será o repositório nacional de todas as NF-e emitidas e, no caso de operações interestaduais, para a Secretaria de Fazenda de destino da operação e Suframa (para mercadorias destinadas às áreas incentivadas).
Em posse da chave de acesso, o destinatário poderá consultar o documento eletrônico. Será emitida, em papel, uma representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, o chamado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que conterá impressa, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-e na internet e um código de barras bidimensional que facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelas unidades fiscais.

Segundo Rodrigues, a Receita ainda não definiu a partir de quando qualquer empresa interessada poderá ingressar no programa, mas a “expectativa” é de que até o final do ano ao programa seja ampliado para outros Estados e companhias.

Segundo a Associação Brasileira de E-business (Ebusiness Brasil), aproximadamente 80% das 224 empresas ouvidas em uma pesquisa sobre o projeto têm interesse em implantar o modelo eletrônico de emissão de notas fiscais no curto e no médio prazo. Dessas, 26,5% estão apenas aguardando a permissão do governo para iniciarem seus projetos.

Quem já adotou

Os participantes do piloto revelam entusiasmo em relação aos primeiros resultados. “Os principais ganhos são agilidade e confiabilidade nos processos, melhor controle dos documentos, e oportunidade de economia”, relata Victor Kodja, diretor de gestão comercial da Eletropaulo, que vem enviando uma média diária de 270 mil faturas de serviços à Sefaz, em São Paulo.

A adoção da nota fiscal eletrônica é um passo para que a companhia passe a emitir faturas eletrônicas - inicialmente para clientes corporativos, a partir de setembro, e posteriormente, já a partir de 2007, inclusive para os clientes residenciais. “Fizemos um levantamento junto aos nossos grandes clientes, cerca de 12 mil, e 70% se interessam em receber tudo eletronicamente”, conta Kodja.

Segundo o diretor da companhia de energia elétrica, mesmo junto aos usuários finais o potencial de adesão às faturas eletrônicas é grande. “Cerca de 23% dos nossos clientes, o que corresponde a 1,3 milhão de usuários, utilizam o débito automático. Deste total, mais de 73% teriam a possibilidade de acessar suas faturas eletronicamente”, revela.
O investimento da companhia no desenvolvimento da interface de comunicação com o Fisco foi modesto - aproximadamente 200 mil reais - e o desenvolvimento foi realizado dentro da própria companhia. O processo de prestação de contas à Secretaria da Fazenda, que era mensal, passou a ser diário. “Todas as noites, as faturas são geradas no mesmo sistema que utilizávamos, convertidas no formato exigido pela Receita e enviadas automaticamente”, detalha Kodja.

A Eurofarma, outra participante do piloto, estima que vai obter uma economia de 25 mil reais por mês com aquisição de papel, impressão e armazenamento de documentos fiscais. Assim, espera obter o retorno do investimento no projeto em 12 e 18 meses. A a companhia adquiriu a solução de NF-e da Neoris, chamada Flow,  que integra também a solução de segurança da True Access, responsável pela emissão, conferência e armazenamento dos certificados eletrônicos.

O produto da Neoris foi desenvolvido tanto para integração com servidores de aplicação SAP como também com outros ERPs do mercado, e é uma das alternativas para as empresas que não querem ou não têm recursos para criar a ferramenta de integração com o Fisco internamente.

Projeções

Durante o 12º Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública (Conip), que ocorreu no final de julho, foi divulgado pelo Grupo Gestor da Nota Fiscal Eletrônica que o Estado de São Paulo deverá registrar, até 2009, 60 milhões de notas fiscais eletrônicas emitidas por mês, o dobro do previsto para o ano de 2008, no qual a expectativa é de que 30 milhões de documentos eletrônicos sejam emitidos por mês no território paulista.

Segundo Leonardo Humberto Bucher, diretor executivo da Federação Nacional das Empresas de Informática e Similares (Fenainfo), o projeto da NF-e deve ganhar ampla adesão a partir do próximo ano.
“É um projeto que vai diminuir as malfadadas obrigações acessórias das empresas neste País”, opina. Para ele, além de possibilitar a já citada redução de custos, a iniciativa não exigirá grandes investimentos das companhias. “As empresas responsáveis por 90% da atividade econômica brasileira já estão informatizadas”, observa.

Para Rodrigues, da Receita, a adoção da nota fiscal eletrônica pelas grandes empresas pressionará o uso dentro da sua cadeia de fornecimento. “A opção pelo documento eletrônico é voluntária, mas com o tempo vai se tornar quase uma obrigação, não pela lei, mas pelo mercado”, avalia o coordenador.

Embora acreditem que não será possível trabalhar neste modelo com todos os seus clientes, 97% das empresas acham possível receber a nota fiscal eletrônica de seus fornecedores, segundo a pesquisa da Ebusiness Brasil.

Neste processo de migração, oportunidades não devem faltar aos fornecedores de soluções de armazenamento - que substituirão os arquivos de papel - e de gerenciamento eletrônico de documentos. O mesmo vale para as empresas capazes de prover soluções prontas ou customizáveis para gerar, a partir dos sistemas financeiros e comercias das empresas, os documentos no formato exigido pelo Fisco.

quarta-feira, agosto 16

Guia Prático para adesão ao REFIS 3

Guia Prático para adesão ao REFIS 3
 Saiba como proceder para regularizar sua situação junto à Receita Federal, à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e ao Inss


1) O que pode ser parcelado pelo Refis 3?

Os débitos com a Receita Federal, a Procuradoria da Fazenda Nacional e INSS, vencidos até 28 de fevereiro de 2003.
Os principais tributos que podem ser parcelados são:

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica/IRPJ;
PIS;
Cofins;
Contribuição patronal sobre a folha de pagamentos;
Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido/CSLL;
Imposto sobre Produtos Industrializados/IPI;
Imposto de Importação;
Imposto de Exportação;
Simples Federal, dentre outros.

Nesse escopo, poderão ser alvo do parcelamento os débitos:

declarados ou não;
inscritos ou não em Dívida Ativa;
discutidos em processo judicial;
parcelados sob quaisquer modalidades, ainda que cancelado por falta de pagamento;
os que estão com pagamento suspenso por motivo judicial.
Além dos tributos em si, as multas e juros também poderão ser parcelados.

2) Quem pode pedir o parcelamento?
Todas as pessoas jurídicas (empresas e entidades sem fins lucrativos) com débitos junto à Receita Federal, Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e INSS.

3) Qual é o prazo de pagamento?
O prazo máximo é de 130 meses.

4) Como será calculada a parcela para as empresas?
As empresas em geral terão como base para cálculo da parcela 1/130 do total do débito, não podendo o valor ser inferior a R$ 2000,00. O valor de cada parcela será acrescido da variação mensal TJLP, a partir de outubro de 2006.

Até a disponibilização das informações sobre a consolidação dos débitos, por parte da Receita Federal e do INSS, o contribuinte deve pagar, a cada mês, prestação em valor não inferior ao estipulado acima e na também na próxima pergunta.

Mas atenção! Será calculada uma parcela para cada refinanciamento, ou seja, uma para o INSS e outra para a Secretaria da Receita Federal. Com isso, o contribuinte que estiver em débito com os dois órgãos, recolherá mensalmente 2 parcelas, de forma diferente, com vencimentos diferentes e com procedimento de solicitação diferente. Os valores mínimos correspondem a cada parcela.

5) As microempresas e empresas de pequeno porte terão algum tratamento diferenciado?
Sim. As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo SIMPLES terão como base para cálculo da parcela 1/130 do total do débito, não podendo o valor ser inferior a R$ 200,00. Atenção: as empresas que são consideradas de micro ou pequeno porte pelo Estatuto das ME e EPP (Lei 9.841/99) e que não são optantes pelo Simples (como é o caso de grande parte dos prestadores de serviços de natureza intelectual, como os escritórios de advocacia, de contabilidade, consultórios médicos, dentre outros) não estão contempladas com esse tratamento diferenciado, devendo obedecer à parcela mínima das demais empresas.

6) Pessoas Físicas poderão aderir ao Refis 3? Não. Se as pessoas físicas com débitos tributários federais quiserem, poderão parcelar esse passivo em 60 meses, sem descontos, com parcela mínima de R$ 50,00, em parcelamento que já é usualmente disponibilizado pela Secretaria da Receita Federal e INSS.

7) Haverá redução de multas e juros?
Sim. Em duas situações:

se o contribuinte optar pelo pagamento em até 6 parcelas, será concedida redução de 80% da multa de mora (atraso) ou de ofício (punitiva, por infração). Nesse caso também será concedida redução de 30% nos juros de mora.
se o contribuinte optar pelo pagamento em mais de 6 parcelas (limitado às 130 permitidas), haverá apenas a redução de 50% da multa de mora ou de ofício. Nesse caso não há redução nos juros.

8) Retenções de INSS de empregados e de tributos sobre prestação de serviços podem ser parcelados?
Não. O Refis 3 não se aplica a débitos relativos a impostos e contribuições retidos na fonte ou descontados de terceiros e não recolhidos à Fazenda Nacional ou ao INSS, bem como a débitos relativos ao Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR.

Esses débitos deverão ser pagos em 30 dias contados da data de opção.

Há que se perceber que esse não pagamento pode fazer com que os sócios sejam processados judicialmente por apropriação indébita, uma vez que se trata da retenção de recursos de terceiros.

9) O valor da parcela é o mesmo do Refis 3?
Não. Para esse parcelamento junto à Secretaria da Receita Federal as empresas terão como base para cálculo da parcela 1/120 do total do débito apurado após 28 de fevereiro de 2003, não podendo o valor ser inferior a R$ 200,00, por tributo devido. No caso do optante pelo Simples, uma parcela corresponde ao conjunto de tributos abrangidos por esse sistema de recolhimento, Junto ao INSS o parcelamento tem o valor mínimo da parcela estipulado em R$ 200,00.

Nesses casos não há tratamento diferenciado para microempresas e empresas de pequeno porte.

10) E os débitos vencidos após 28 de fevereiro de 2003? Não poderão ser parcelados de maneira nenhuma?
Sim, poderão. Para as dívidas apuradas entre março de 2003 a dezembro de 2005, é estabelecido outro parcelamento, com prazo máximo de 120 meses, com atualização pela Selic, sem redução de multa ou juros.

Ressalte-se que esse parcelamento pode ser cumulativo com o Refis 3, se for o caso e vale também para as empresas optantes pelo Simples.

Novamente atenção! Será calculada uma parcela para cada refinanciamento, ou seja, uma para o INSS e outra para a Secretaria da Receita Federal. Com isso, o contribuinte que estiver com débitos posteriores a fevereiro de 2003 com os dois órgãos, recolherá mensalmente 2 parcelas, de forma diferente, com vencimentos diferentes e procedimentos de solicitação diferentes.

Dessa forma, se o contribuinte tiver dívidas relativas a períodos anteriores a 28 de fevereiro de 2003 e também posteriores a essa data, junto à Receita Federal e ao INSS ele terá a possibilidade de fazer 4 parcelamentos independentes, para ficar em dia.

11) Até quando podem ser solicitados os parcelamentos?
Até 15 de setembro de 2006.

12) Se minha empresa já se inscreveu no Refis ou no PAES (Refis 2), posso aderir ao Refis 3?
Sim. Nesses casos há alguns aspectos a serem considerados:
se o parcelamento está em vigor, na maioria dos casos, não há porque se preocupar com o Refis 3, já que é o que oferece menores vantagens, comparativamente.
se houve a desistência ou a exclusão dos parcelamentos anteriores, o contribuinte poderá aderir ao Refis 3, sem problemas, inclusive com os débitos já alcançados pelos referidos parcelamentos.
se houver outros débitos anteriores a 28 de fevereiro de 2003, não incluídos em outros parcelamentos, e o contribuinte tiver aderido ao Refis ou ao PAES (Refis 2), ele poderá aderir ao Refis 3 cumulativamente com o outro parcelamento.
se houver debitos com vencimento posterior a 28 de fevereiro de 2003, a opção por qualquer parcelamento para esses débitos não exclui a possibilidade de exclusão do refis, no caso de tais débitos configurarem hipótese de exclusão.

Os débitos parcelados no Refis e no PAES poderão ser transferidos para o Refis 3, sob determinadas condições, mediante requerimento de desistência, firmado pelo representante legal da pessoa jurídica.

Se o contribuinte resolver quitar o débito em até 6 parcelas (ver pergunta 7), o optante pelo REFIS I ou PAES deverá desistir expressamente desses parcelamentos.

13) Como pedir o(s) parcelamento(s)?
O interessado deve procurar um profissional especializado para auxiIiá-lo no cálculo do débito e no pedido de parcelamento. O pedido de parcelamento para a Secretaria da Receita Federal deverá ser protocolado até o dia 15 de setembro de 2006, exclusivamente pela Internet, por meio do "Pedido de Parcelamento Excepcional - art. 1º - MP nº 303/2006" disponível nas páginas da SRF e da PGFN, nos seguintes endereços eletrônicos, respectivamente: www.receita.fazenda.gov.br e www.pgfn.fazenda.gov.br. Esse pedido só poderá ser feito a partir de 14 de agosto e a partir de 1º de setembro no caso de parcelamento em até 6 parcelas.

No caso do parcelamento em 120 meses, referentes a débitos posteriores a 28 de fevereiro de 2003, o pedido também deve ser feito exclusivamente pela Internet, por meio do "Pedido de Parcelamento Excepcional - art. 8º - MP nº 303/2006". Nesse caso o pedido também só poderá ser feito a partir de 14 de agosto.

Já os pedidos de parcelamento de débitos junto ao INSS são bem mais complicados. Deverão ser formulados e protocolados na Unidade de Atendimento da Receita Previdenciária (UARP) da sede da empresa junto com uma série de formulários, em duas vias, disponibilizados na página da Previdência Social na internet, no endereço www.mps.gov.br.

Além disso, serão exigidos, junto com os formulários, os seguintes documentos:

I - cópia do CNPJ;

II - documento identificando o representante legal da empresa, responsável pelo pedido;

III - declaração de inexistência de impugnação ou recurso que tenha por objeto a discussão de débitos incluídos no parcelamento;

IV - termo de desistência de impugnação ou recurso, devidamente protocolizado, se houver;

V - declaração de inexistência de impugnação, recurso ou embargo judicial que tenha por objeto a discussão de débitos incluídos neste parcelamento;

VI - termo de desistência de impugnação, recurso ou embargo judicial, que configure a renúncia do contribuinte à alegação do direito em que se funda a referida ação, devidamente protocolizado, referente a créditos incluídos no pedido;

VII - termo de desistência de ações judiciais em que solicita a reinclusão no Parcelamento Especial (PAES), se houver;

VIII - Autorização de Débito Parcelado em Conta (ADPC), abonada pelo banco.

14) Será exigida a apresentação de garantias?
Não, mas serão mantidas as garantias já existentes sobre débitos incluídos no parcelamento, oferecidas em outros parcelamentos.

15) Quais serão os juros incidentes?
No caso do parcelamento de 130 meses, até o cálculo oficial do débito, os juros serão os da taxa SELIC (Atualmente em 14,75% ao ano), como já ocorre usualmente. Após isso, cada parcela sofrerá o acréscimo de juros correspondentes à variação mensal da TJLP (Atualmente em 7,5% ao ano), a partir do mês seguinte até o mês do seu pagamento. Para os demais parcelamento prevalece a taxa SELIC.

16) Quais serão os vencimentos das parcelas e como elas deverão ser pagas?
No caso do parcelamento junto à Secretaria da Receita Federal, as prestações vencerão no último dia útil de cada mês, devendo a primeira ser paga no próprio mês da formalização do pedido.

O pagamento das prestações deverá ser efetuado mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), sob os seguintes códigos de receita:
I - 0830, para pessoa jurídica optante pelo Simples; e
II - 0842, para as demais pessoas jurídicas.

No caso do parcelamento junto à Previdência, as parcelas vencerão no dia 20 de cada mês.

Seu pagamento será efetuado mediante o sistema de débito automático em conta bancária, sendo que, para operacionalizar esse débito automático, o contribuinte deverá apresentar um documento chamado “Autorização de Débito Parcelado em Conta (ADPC)” devidamente assinado e abonado pela instituição bancária apta a efetuar a operação mencionada. Atenção: A não apresentação da ADPC devidamente assinada e abonada pela instituição bancária será motivo para indeferimento do pedido parcelamento.

Para pagamento após a data de vencimento da parcela, o contribuinte deverá solicitar a emissão de GPS, que terá o custo de R$ 4,00 (quatro reais).

17) Há hipóteses de exclusão e perda dos benefícios?
Sim, no caso de inadimplência por 2 meses consecutivos ou alternados, o que primeiro ocorrer, relativamente às prestações do parcelamento ou a qualquer tributo administrado pela Fazenda Nacional ou INSS, mesmo com vencimento após 28 de fevereiro de 2003. Essa exclusão se dará SEM NOTIFICAÇÃO PRÉVIA.

Além disso, o contribuinte será excluído se:

deixou de pagar integralmente, nos trintas dias subseqüentes à adesão, os débitos relativos a contribuições patronais descontadas de empregados e não recolhidas, bem como de outros tributos retidos e não repassados;
tiver débitos para com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) inscritos em dívida ativa;
na existência de parcelamentos simultâneos, a exclusão ou a rescisão em qualquer um deles constitui hipótese de exclusão ou rescisão dos demais parcelamentos concedidos à pessoa jurídica, inclusive do REFIS 3;
o indeferimento ou exclusão do parcelamento referente ao INSS acarretará a exclusão do contribuinte no parcelamento dos tributos federais e vice-versa.

A exclusão do parcelamento faz com que todo o débito seja consolidado, com multas e juros integrais, podendo ser executado judicialmente a qualquer momento. Para os optantes pelo Simples, além dessa execução, a empresa poderá ser excluída do regime. Por isso é fundamental que, ao fazer os cálculos para adesão ao parcelamento, o empresário esteja bem ciente da nova responsabilidade e das penalidades que poderão advir da inadimplência.
18) Quais as conseqüências da exclusão?

exigibilidade imediata do pagamento da dívida total;
execução automática da garantia, se houver;
restabelecimento, em relação ao saldo não pago, dos acréscimos legais aplicáveis, com a desconsideração das reduções das multas e juros.

19) Os débitos que estiverem sendo discutidos administrativamente e na justiça podem entrar no parcelamento?
Sim, desde que o contribuinte desista expressamente de processos judiciais ou administrativos em que conteste cobranças tributárias. Recomenda-se expressamente a consulta ao advogado responsável pelo processo.

20) É sempre vantajoso aderir a esse parcelamento?
Na maioria dos casos, sim, uma vez que há redução de multas e juros e a empresa passa a estar regular com o Fisco federal. Mas o responsável pela empresa deve avaliar a capacidade de honrar os pagamentos, haja vista as penalidades impostas pela inadimplência. Também deve ser avaliada a situação da empresa junto a outros parcelamentos, para avaliação de uma possível migração desses débitos para o Refis 3.

Será restabelecida a regularidade fiscal federal e poderão ser obtidas certidões negativas, o que possibilita participação em licitações, pleitos de financiamentos e empréstimos, dentre outras vantagens.


o indeferimento ou exclusão do parcelamento referente ao INSS acarretará a exclusão do contribuinte no parcelamento dos tributos federais e vice-versa.

A exclusão do parcelamento faz com que todo o débito seja consolidado, com multas e juros integrais, podendo ser executado judicialmente a qualquer momento. Para os optantes pelo Simples, além dessa execução, a empresa poderá ser excluída do regime. Por isso é fundamental que, ao fazer os cálculos para adesão ao parcelamento, o empresário esteja bem ciente da nova responsabilidade e das penalidades que poderão advir da inadimplência.

21) Posso desistir do parcelamento, depois que fizer a adesão?
Não. A opção pelo parcelamento importa confissão de dívida irrevogável e irretratável da totalidade dos débitos existentes em nome da pessoa jurídica. A aceitação se torna plena e irretratável.

22) Onde o contribuinte pode procurar ajuda para obter mais informações?

Contabilista da empresa;
Advogado especialista;
Instituições de representação e apoio como Associações, Federações, Sindicatos, dentre outros;
Os postos de atendimento Sebrae;
Site da Secretaria da Receita Federal WWW.RECEITA.FAZENDA.GOV.BR;
Site do INSS WWW.INSS.GOV.BR

23) Qual é a legislação do parcelamento das dívidas?
Várias melhorias no Refis 3 já estão sendo negociadas no Congresso Nacional. Mantenha-se informado sobre possíveis mudanças no site do Sebrae Nacional, da Fenacon, ou da Receita Federal e INSS. Caso haja melhorias no parcelamento e algumas empresas já tenham feito a adesão, com certeza elas também poderão usufruir dessas melhorias, retroativamente.

Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006
Portaria Conjunta PGFN/SRF nº 002, de 20 de julho de 2006
Instrução Normativa SRF nº 663, de 21 de julho de 2006
Instrução Normativa MPS/SRP nº 13, de 21 de julho 2006

Várias melhorias no Refis 3 já estão sendo negociadas no Congresso Nacional. Mantenha-se informado sobre possíveis mudanças no site do Sebrae Nacional, da Fenacon, ou da Receita Federal e INSS. Caso haja melhorias no parcelamento e algumas empresas já tenham feito a adesão, com certeza elas também poderão usufruir dessas melhorias, retroativamente.

Saiba como funciona a nota fiscal eletrônica

Saiba como funciona a nota fiscal eletrônica
Por Daniela Moreira, repórter do IDG Now!
Publicada em 16 de agosto de 2006 às 08h00

São Paulo - Sistema testado por 19 empresas, como Eletropaulo e Eurofarma, proporciona agilidade, economia de custos e confiabilidade. Saiba como.

Nota_Fiscal_correta_88x66Em uma iniciativa comemorada pelo setor empresarial, o Brasil vem testando desde abril deste ano a emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e). O objetivo é substituir a nota fiscal em papel, simplificando as obrigações dos contribuintes e permitindo, ao mesmo tempo, o acompanhamento em tempo real das operações comerciais pelo Fisco.

“Além de oferecer maior visibilidade do processo às partes envolvidas, o projeto permite reduzir os custos das empresas com papel, agilizar o processo e reduzir fraudes”, define Donizetti Victor Rodrigues, coordenador de tecnologia da informação da Receita Federal.

Na primeira fase do projeto, que estreou em abril, 19 empresas começaram emitir notas fiscais eletrônicas, autorizadas por seis Secretarias de Fazenda (Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Maranhão). Até o mês de agosto, as empresas mantiveram a emissão simultânea no modelo eletrônico e físico. A partir de setembro cinco empresas - Wickbold, Souza Cruz, Volkswagen, Telefônica e Eletropaulo - começam a emitir apenas a NF-e.

Na prática, a empresa emissora de nota fiscal eletrônica gera um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial (no formato XML), que deve ser assinado digitalmente, garantindo a integridade dos dados e a autoria do emissor. Este arquivo eletrônico é então transmitido via internet à Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte, que fará uma pré-validação e devolverá um protocolo de recebimento à empresa, sem o qual a mercadoria não pode ser transportada.

O documento eletrônico também será transmitido à Receita Federal, que será o repositório nacional de todas as NF-e emitidas e, no caso de operações interestaduais, para a Secretaria de Fazenda de destino da operação e Suframa (para mercadorias destinadas às áreas incentivadas).
Em posse da chave de acesso, o destinatário poderá consultar o documento eletrônico. Será emitida, em papel, uma representação gráfica simplificada da Nota Fiscal Eletrônica, o chamado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), que conterá impressa, em destaque, a chave de acesso para consulta da NF-e na internet e um código de barras bidimensional que facilitará a captura e a confirmação de informações da NF-e pelas unidades fiscais.

Segundo Rodrigues, a Receita ainda não definiu a partir de quando qualquer empresa interessada poderá ingressar no programa, mas a “expectativa” é de que até o final do ano ao programa seja ampliado para outros Estados e companhias.

Segundo a Associação Brasileira de E-business (Ebusiness Brasil), aproximadamente 80% das 224 empresas ouvidas em uma pesquisa sobre o projeto têm interesse em implantar o modelo eletrônico de emissão de notas fiscais no curto e no médio prazo. Dessas, 26,5% estão apenas aguardando a permissão do governo para iniciarem seus projetos.

Quem já adotou

Os participantes do piloto revelam entusiasmo em relação aos primeiros resultados. “Os principais ganhos são agilidade e confiabilidade nos processos, melhor controle dos documentos, e oportunidade de economia”, relata Victor Kodja, diretor de gestão comercial da Eletropaulo, que vem enviando uma média diária de 270 mil faturas de serviços à Sefaz, em São Paulo.

A adoção da nota fiscal eletrônica é um passo para que a companhia passe a emitir faturas eletrônicas - inicialmente para clientes corporativos, a partir de setembro, e posteriormente, já a partir de 2007, inclusive para os clientes residenciais. “Fizemos um levantamento junto aos nossos grandes clientes, cerca de 12 mil, e 70% se interessam em receber tudo eletronicamente”, conta Kodja.

Segundo o diretor da companhia de energia elétrica, mesmo junto aos usuários finais o potencial de adesão às faturas eletrônicas é grande. “Cerca de 23% dos nossos clientes, o que corresponde a 1,3 milhão de usuários, utilizam o débito automático. Deste total, mais de 73% teriam a possibilidade de acessar suas faturas eletronicamente”, revela.
O investimento da companhia no desenvolvimento da interface de comunicação com o Fisco foi modesto - aproximadamente 200 mil reais - e o desenvolvimento foi realizado dentro da própria companhia. O processo de prestação de contas à Secretaria da Fazenda, que era mensal, passou a ser diário. “Todas as noites, as faturas são geradas no mesmo sistema que utilizávamos, convertidas no formato exigido pela Receita e enviadas automaticamente”, detalha Kodja.

A Eurofarma, outra participante do piloto, estima que vai obter uma economia de 25 mil reais por mês com aquisição de papel, impressão e armazenamento de documentos fiscais. Assim, espera obter o retorno do investimento no projeto em 12 e 18 meses. A a companhia adquiriu a solução de NF-e da Neoris, chamada Flow,  que integra também a solução de segurança da True Access, responsável pela emissão, conferência e armazenamento dos certificados eletrônicos.

O produto da Neoris foi desenvolvido tanto para integração com servidores de aplicação SAP como também com outros ERPs do mercado, e é uma das alternativas para as empresas que não querem ou não têm recursos para criar a ferramenta de integração com o Fisco internamente.

Projeções

Durante o 12º Congresso de Informática e Inovação na Gestão Pública (Conip), que ocorreu no final de julho, foi divulgado pelo Grupo Gestor da Nota Fiscal Eletrônica que o Estado de São Paulo deverá registrar, até 2009, 60 milhões de notas fiscais eletrônicas emitidas por mês, o dobro do previsto para o ano de 2008, no qual a expectativa é de que 30 milhões de documentos eletrônicos sejam emitidos por mês no território paulista.

Segundo Leonardo Humberto Bucher, diretor executivo da Federação Nacional das Empresas de Informática e Similares (Fenainfo), o projeto da NF-e deve ganhar ampla adesão a partir do próximo ano.
“É um projeto que vai diminuir as malfadadas obrigações acessórias das empresas neste País”, opina. Para ele, além de possibilitar a já citada redução de custos, a iniciativa não exigirá grandes investimentos das companhias. “As empresas responsáveis por 90% da atividade econômica brasileira já estão informatizadas”, observa.

Para Rodrigues, da Receita, a adoção da nota fiscal eletrônica pelas grandes empresas pressionará o uso dentro da sua cadeia de fornecimento. “A opção pelo documento eletrônico é voluntária, mas com o tempo vai se tornar quase uma obrigação, não pela lei, mas pelo mercado”, avalia o coordenador.

Embora acreditem que não será possível trabalhar neste modelo com todos os seus clientes, 97% das empresas acham possível receber a nota fiscal eletrônica de seus fornecedores, segundo a pesquisa da Ebusiness Brasil.

Neste processo de migração, oportunidades não devem faltar aos fornecedores de soluções de armazenamento - que substituirão os arquivos de papel - e de gerenciamento eletrônico de documentos. O mesmo vale para as empresas capazes de prover soluções prontas ou customizáveis para gerar, a partir dos sistemas financeiros e comercias das empresas, os documentos no formato exigido pelo Fisco. 

Investimentos na indústria devem crescer em 2006...

Investimentos na indústria devem crescer em 2006
 | 15.08.2006
Pesquisa da FGV mostra que 54% das empresas consultadas pretendem injetar mais recursos nos negócios este ano que em 2005

 
EXAME

Os industriais brasileiros pretendem investir mais nos negócios este ano que em 2005. Isso é o que mostra um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) junto a 642 empresas.

De acordo com o estudo, 53,6% dos entrevistados afirmam que devem realizar investimentos produtivos – aqueles destinados à construção de novas fábricas e compra de máquinas e equipamentos – em 2006 superiores aos feitos no ano passado. O montante a ser investido deverá girar em torno de 7% das vendas, contra 6,1% declarados em 2005.

O segmento com maior ímpeto para investir é o de bens intermediários (aqueles utilizados na fabricação de outros produtos). Os valores a serem aplicados subiram de 8,1% em 2005 para 9,3% este ano. A indústria de bens de consumo também planeja aumentar os investimentos, que em 2005 eram de 4,3% e passaram a 5,2% das vendas este ano.

No setor de material de construção, os investimentos em 2006 devem ficar em torno de 5,3% das vendas, ante 4,6% no ano passado. A indústria de bens de capital foi a única que não elevou suas projeções de investimento, mantendo o percentual em 3,1% das vendas. Segundo a FGV, o resultado mostra que o setor deve importar parte significativa dos investimentos produtivos programados para este ano.

Seminário avalia conquistas e desafios de incubadoras

Seminário avalia conquistas e desafios de incubadoras


Fonte : Agência Sebrae de notícias


Os principais desafios e as conquistas mais significativas do movimento de parques tecnológicos e incubadoras de empresas serão discutidos nas sessões plenárias que acontecem no XVI Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, de 21 a 25 de agosto, em Salvador (BA). Ao todo, serão cinco sessões plenárias seguidas de sessões paralelas sobre os temas abordados.

A primeira sessão plenária, às 9h da quarta-feira (23), terá o tema ‘A quem pertence o futuro? Articulação de empreendedores criando uma nova geração de empreendimentos’. O palestrante será Urbano Araújo, presidente do Consórcio High Technology Aeronautics (HTA Brasil).

A segunda sessão plenária da quarta-feira será às 11h e abordará o tema ‘Ação colaborativa – redes de incubadoras e parques – conquistas e desafios’. O moderador deste debate será o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, César Rech, que terá como palestrante Felipe Romera Lubias, presidente da Associação de Parques Tecnológicos da Espanha (APTE).

Essa sessão terá como debatedores Christiano Becker, presidente de Rede Mineira de Inovação (RMI); Carlos Galian, presidente da Associação de Incubadoras de Empresas, Parques e Pólos Tecnológicos da Argentina; e Paulo Alvim, gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional.

Para Alvim, trocar experiências sobre as redes é de fundamental importância porque elas são essenciais para o movimento. “É preciso sacudir as redes e mostrar que elas são fundamentais para a consolidação das incubadoras, tanto em âmbito estadual quanto regional. Precisamos atuar como facilitadores de processo, desenvolvendo ações para as incubadoras, fornecendo informação e capacitação e articulando oportunidades”, diz.

Na quinta-feira (24), a sessão plenária 3 abordará o tema ‘Um por todos, todos por um: estratégias de mobilização para promoção do desenvolvimento local’. Participam Alexandre Paupério, presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb); Evando Mirra, diretor de Inovação da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); Nicola Bellini, coordenador científico da Scuola Superiore Sant'Anna, da Itália; Silvio Minciotti, diretor-executivo da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC; Renato Hansen, diretor-executivo da Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs); e José Oswaldo Ramos, diretor-técnico do Sebrae em Pernambuco.

Às 11h, será a vez da sessão plenária 4, cujo tema será ‘Pensar global, agir local - redes nacionais e internacionais: rotas para o crescimento no século 21’. O presidente da mesa será Luis Sanz, diretor-executivo da espanhola IASP. A moderação dos debates ficará com o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Luiz Carlos Barboza. Participam Newton Lima Neto, prefeito de São Carlos e vice-presidente de Assuntos Temáticos da Frente Nacional de Prefeitos; Jorge Bounassar Filho, presidente da Fundação Araucária; e José Eduardo Fiates, presidente da Anprotec.

A quinta e última sessão plenária, às 14h, da quinta-feira (24), será sobre o tema ‘2+2=5 – Alianças e parcerias gerando sinergia e resultados’. A mesa será presidida por Odilon Marcuzzo do Canto, titular da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Também participam Rafael Lucchesi, presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia; Anil Gupta, fundador da Honey Bee Network - Indian Institute of Management; Arnaldo Zaha, coordenador da Rede Genoma Sul; Neylar Lins, diretora da Fundação Avina; e Ernesto Teixeira Weber, presidente do Conselho Diretor da empresa brasileira Gávea Angels.

Workshop

Paralelamente ao XVI Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas será realizado XIV Workshop Anprotec, nos dias 21 e 22 de agosto. Serão promovidos nove minicursos com o objetivo de capacitar empreendedores e gestores de incubadoras para superar desafios e obter conhecimento sobre as melhores práticas adotadas no movimento de incubadoras.

A captação de recursos para incubadoras e empreendimentos inovadores também será debatida. Além disso, a pauta inclui temas como educação empreendedora, planejamento e implantação de incubadoras, acompanhamento, avaliação e graduação de empresas, propriedade intelectual, governança de redes, meio ambiente e urbanismo, planejamento e gestão de incubadoras de tecnologia social e modelo de negócios na área cultural.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7494
Anprotec – www.anprotec.org.br